segunda-feira, 30 de outubro de 2017

Cruzadas


Falaremos nas próximas aulas sobre as cruzadas!!!

 Uma indicação de filme para ilustrar o assunto!!!



Coloquei um link não é dos melhores, mas.......

SINOPSE E DETALHES

Balian (Orlando Bloom) é um jovem ferreiro francês, que guarda luto pela morte de sua esposa e filho. Ele recebe a visita de Godfrey de Ibelin (Liam Neeson), seu pai, que é também um conceituado barão do rei de Jerusalém e dedica sua vida a manter a paz na Terra Santa. Balian decide se dedicar também à esta meta, mas após a morte de Godfrey ele herda terras e um título de nobreza em Jerusalém. Determinado a manter seu juramento, Balian decide permanecer no local e servir a um rei amaldiçoado como cavaleiro. Paralelamente ele se apaixona pela princesa Sibylla (Eva Green), a irmã do rei.
Título original 

Kingdom of Heaven

Distribuidor Fox Film do Brasil







Ainda sobre a Idade Média (Feudalismo)


Como faltou voz, estou pegando emprestada a da Débora Aladim, pra ajudar em alguns detalhes.
Assistam, vai facilitar a vida de vocês!!!





Idade Média




Fim do Império Romano Por volta do século III, o império romano passava por uma enorme crise econômica e política. A corrupção dentro do governo e os gastos com luxo retiraram recursos para o investimento no exército romano. Com o fim das conquistas territoriais, diminuiu o número de escravos, provocando uma queda na produção agrícola. Na mesma proporção, caia o pagamento de tributos originados das províncias. Em crise e com o exército enfraquecido, as fronteiras ficavam a cada dia mais desprotegidas. Muitos soldados, sem receber salário, deixavam suas obrigações militares. Os povos germânicos, tratados como bárbaros pelos romanos, estavam forçando a penetração pelas fronteiras do norte do império. No ano de 395, o imperador Teodósio resolve dividir o império em : Império Romano do Ocidente, com capital em Roma e Império Romano do Oriente (Império Bizantino), com capital em Constantinopla. Em 476, chega ao fim o Império Romano do Ocidente, após a invasão de diversos povos bárbaros, entre eles, visigodos, vândalos, burgúndios, suevos, saxões, ostrogodos, hunos etc. Era o fim da Antiguidade e início de uma nova época chamada de Idade Média. O período foi tradicionalmente delimitado com ênfase em eventos políticos. Nesses termos, ele teria se iniciado com a desintegração do Império Romano do Ocidente, no século V (476 d.C.), e terminado com o fim do Império Romano do Oriente, com a Queda de Constantinopla, no século XV (1453 d.C.). 

A era medieval pode também ser subdividida em períodos menores, num dos modos de classificação mais populares ela é separada em dois períodos: 

1. Alta Idade Média, que decorre do século V ao X; 
2. Baixa Idade Média, que se estende do século XI ao XV. 

Feudalismo

O feudalismo foi um modo de produção baseado nas relações servo-contratuais (servis) de produção. Tem suas origens na desintegração da escravidão romana. Predominou na Europa durante a Idade Média. Segundo o teórico escocês do iluminismo, Lorde Kames, o feudalismo é geralmente precedido pelo nomadismo e em certas zonas do mundo pode ser sucedido pelo capitalismo. Com a decadência e a destruição do Império Romano do Ocidente, por volta do século V d.C. (de 401 a 500), como conseqüência das inúmeras invasões dos povos bárbaros e das más políticas econômicas dos imperadores, várias regiões da Europa passaram a apresentar baixa densidade populacional e baixo desenvolvimento urbano. Isso ocorria devido às mortes provocadas pelas guerras, às doenças e à insegurança existentes logo após o fim do Império Romano. 

A partir do século V d.C., entra-se na chamada Idade Média, mas o sistema feudal (Feudalismo) somente passa a vigorar em alguns países da Europa Ocidental a partir do século IX d.C., aproximadamente. O esfacelamento do Império Romano do Ocidente e as invasões bárbaras em diversas regiões da Europa favoreceram sensivelmente as mudanças econômicas e sociais que vão sendo introduzidas, principalmente na Europa Ocidental, e que alteram completamente o sistema de propriedade e de produção característicos da Antigüidade. Essas mudanças acabam revelando um novo sistema econômico, político e social que veio a se chamar Feudalismo. O Feudalismo não coincide com o início da Idade Média (século V d.C.), porque esse sistema começa a ser delineado alguns séculos antes do início dessa etapa histórica (mais precisamente, durante o inicio do século IV), consolidando-se definitivamente ao término do Império Carolíngio, no século IX d.C. 

 Em suma, com a decadência do Império Romano e as invasões bárbaras, os nobres romanos começaram a se afastar das cidades levando consigo camponeses(com medo de serem saqueados ou escravizados). Já na Idade Média, com vários povos bárbaros dominando a Europa Medieval, foi impossível unirem-se entre si e entre os descendentes de nobres romanos, que eram donos de pequenos agrupamentos de terra. E com as reformas culturais ocorridas nesse meio-tempo, começou a surgir à idéia de um nova economia: o feudalismo. 

A formação do feudalismo Europa Ocidental: Os germanos ocupam a Europa Ocidental e para lá levam seus hábitos, costumes e leis. O longo período entre os séculos V e IX é de transição entre o Antigo Escravismo e o Feudalismo. Nesse período, o comércio, já decadente desde a crise do Império Romano do Ocidente, declina ainda mais, em função dos ataques de sarracenos (árabes), magiares (húngaros) e vikings (nórdicos), naquilo que foi denominado de Novas Invasões. As cidades desaparecem ou reduzem suas atividades. Apenas as cidades italianas, como Veneza e Gênova, mantêm o comércio a longa distância através do mar Mediterrâneo. A economia é agrária, voltada para o consumo. A autoridade central esfacelou-se e, na mesma proporção, consolidou-se uma transferência de soberanias, privatizando-se forças militares locais e regionais, a instituição e arrecadação de tributos, a aplicação da justiça, etc. 

O Feudalismo vem da fusão de duas culturas: a Germânica e a Romana. O elemento principal da cultura Germânica era o Comitatus. O elemento principal da cultura Romana era o Colonato. Oriente: No Mediterrâneo oriental, o Império Romano do Oriente teve continuidade com o nome de Império Bizantino, que desenvolveu um intenso comércio e só desapareceu no século XV, quando sua capital, Constantinopla, foi ocupada pelos turcos. Surge também no Oriente um outro império, o Império Árabe, Muçulmano ou Islâmico, que tem sua origem na Arábia no século VII, e se expande para o Oriente, ocupando a Pérsia e a Síria, e para o Ocidente, ocupando o Egito e outros países do norte da África, chegando até a Península Ibérica, na Europa. O Império Árabe também desenvolveu intensa atividade comercial. Transformações da sociedade feudal (séculos XII e XIII) na Europa Ocidental: A Europa procura conquistar territórios no Oriente, por meio das Cruzadas. As antigas cidades européias começam a renascer. Desenvolve-se o comércio. A sociedade feudal começa a se transformar.

 A Sociedade feudal A sociedade feudal era composta por três estamentos (três grupos sociais com status fixo): os clérigos, os senhores feudais e os servos. * Os clérigos tinham como função oficial rezar. Na prática, exerciam grande poder político sobre uma sociedade bastante religiosa, onde o conceito de separação entre a religião e a política era desconhecido. * Os senhores feudais (também chamados de nobres) tinham como principal função guerrear, além de exercer considerável poder político sob as demais classes. * Os servos, constituídos pela maior parte da população camponesa, presos a terra e sofrendo intensa exploração, eram obrigados a prestar serviços ao senhor e a pagarlhe diversos tributos em troca da permissão de uso da terra e de proteção militar. Embora geralmente se considere que a vida dos camponeses fosse miserável, a palavra "escravo" seria imprópria. A produção dessa sociedade era de subsistência e marcada por pouca atividade comercial. 

 Essa descrição da vida feudal que retrata os servos invariavelmente como vítimas de uma vida miserável e opressiva é um bordão que vem sendo desafiado ou relativizado por estudos contemporâneos. Por exemplo: estudos indicam que os habitantes do norte da Europa que viveram na Alta Idade Média entre os anos 800 e 1100 tinham, em média, 173,4 centímetros de altura; ou seja, eram apenas 5 centímetros mais baixos que seus descendentes de hoje. Esses nórdicos medievais também eram significativamente mais altos do que os que viveram, por exemplo, durante a Revolução Industrial quando a altura média era de 169 centímetros. A altura média de uma população é considerada um forte indicador de sua saúde e qualidade de vida [1]. 

As principais obrigações servis consistiam em: * Corvéia: trabalho gratuito nas terras do senhor em alguns dias da semana; * Talha: porcentagem da produção das tenências; * Banalidade: tributo cobrado pelo uso de instrumentos ou bens do feudo, como o moinho, o forno, o celeiro, as pontes; * Capitação: imposto pago por cada membro da família servil (por cabeça); * Tostão de Pedro ou dízimo: imposto10% da produção do servo era pago à Igreja, utilizado para a manutenção da capela local; * Censo: tributo que os vilões deviam pagar, em dinheiro, para o senhor feudal; * Taxa de Justiça: os servos e os vilões deviam pagar para serem julgados no tribunal do senhor feudal; * Taxa de casamento: quando o senhor feudal resolvia se casar , todo servo era obrigado a pagar uma taxa para ajudar no casamento, era também valida para quando um parente do senhor feudal iria casar. * Mão Morta: Era o pagamento de uma taxa para a permanecer no feudo da família servil, em caso do falecimento do pai da família. 

Muitas cidades européias da Idade Média tornaram-se livres das relações servis e do predomínio dos senhores feudais. Essas cidades chamavam-se burgos. Por motivos políticos, os "burgueses" (habitantes dos burgos) recebiam freqüentemente o apoio dos reis, que muitas vezes estavam em conflito com os senhores feudais. Na língua alemã, o ditado Stadtluft macht frei ("O ar da cidade liberta") ilustra este fenômeno. Em Bruges, por exemplo, conta-se que uma certa vez um servo escapou da comitiva do conde de Flandres e fugiu por entre a multidão. Ao tentar reagir e ordenar que perseguissem o fugitivo, o conde foi vaiado pelos "burgueses" e obrigado a sair da cidade, em defesa do servo, que se tornou livre deste modo. * Terra: a)Reserva senhorial (ou manso senhorial) --- lugar onde ficavam os castelos e os domínios em uso pelo senhor feudal. b)Manso servil --- lugar cedido para o servo. c)Bosques e florestas (ou manso comum) --- eram destinados para a caça (nobres) e era aí que os servos colhiam frutas, cortavam lenha e levavam seus animais para pastar. Poder ideológico-igreja católica e controle da sociedade pela religião. A igreja foi à única instituição que manteve-se forte após a queda do Império Romano 

 Economia e propriedade 

O modo de produção feudal próprio do Ocidente europeu tinha por base a economia agrária, de escassa circulação monetária, auto-suficiente. A propriedade feudal pertencia a uma camada privilegiada, composta pelos senhores feudais, altos dignitários da Igreja (o clero) e longínquos descendentes dos chefes tribais germânicos. As estimativas de renda per capita da Europa feudal a colocam em um nível muito próximo ao mínimo de subsistência. A principal unidade econômica de produção era o feudo, que se dividia em três partes distintas: a propriedade individual do senhor, chamada manso senhorial ou domínio, no interior da qual se eregia um castelo fortificado; o manso servil, que correspondia à porção de terras arrendadas aos camponeses e era dividido em lotes denominados tenências; e ainda o manso comunal, constituído por terras coletivas –-- pastos e bosques --- , usadas tanto pelo senhor quanto pelos servos. 

Devido ao caráter expropriador do sistema feudal, o servo não se sentia estimulado a aumentar a produção com inovações tecnológicas --– porém não para si, mas para o senhor. Por isso, o desenvolvimento técnico foi pequeno, limitando aumentos de produtividade. A principal técnica adotada foi à agricultura dos três campos, que evitava o esgotamento do solo, mantendo a fertilidade da terra. Ascensão e queda do sistema O feudalismo europeu apresenta, portanto, fases bem diversas entre o século IX, quando os pequenos agricultores são impelidos a se proteger dos inimigos junto aos castelos, e o século XIII, quando o mundo feudal conhece seu apogeu, para declinar a seguir. No século X, o sistema ainda está em formação e os laços feudais unem apenas os proprietários rurais e os antigos altos funcionários Carolíngios. Entre os camponeses ainda há numerosos grupos livres, com propriedades independentes. A hierarquia social não apresenta a rigidez que a caracterizaria posteriormente, e a ética feudal não está plenamente estabelecida. 

Entretanto, a partir do ano 1000, até cerca de 1150, o Feudalismo entra em ascensão. O sistema define seus elementos básicos. A exploração camponesa torna-se intensa, concentrada em certas regiões superpovoadas, deixando áreas extensas de espaços vazios. Surgem novas técnicas de cultivo, novas formas de utilização dos animais e das carroças. Porém, a partir do século XI, também há um renascimento do comércio e um aumento da circulação monetária, o que valoriza a importância social das cidades e suas comunas. E, com as Cruzadas, esboça-se uma abertura para o mundo, quebrando-se o isolamento do feudo. Com o restabelecimento do comércio com o Oriente próximo e o desenvolvimento das grandes cidades, começam a ser minadas as bases da organização feudal, na medida em que aumenta a demanda de produtos agrícolas para o abastecimento da população urbana. Isso eleva o preço dessas mercadorias, permitindo aos camponeses maiores fundos para a compra de sua liberdade. Ao mesmo tempo, a expansão do comércio e da indústria cria novas oportunidades de trabalho, atraindo os servos para as cidades. Esses acontecimentos, aliados à formação dos exércitos profissionais, à insurreição camponesa, contribuíram para o declínio do feudalismo europeu. Na França, nos Países Baixos e na Itália, seu desaparecimento começa a se manifestar no final do século XIII. Na Alemanha e na Inglaterra, entretanto, ele ainda permanece mais tempo, extinguindo-se totalmente na Europa ocidental por volta de 1500. Em partes da Europa central e oriental, porém, alguns remanescentes resistem até meados do século XIX. 


Império Bizantino

 Império Bizantino ou Reinado Bizantino, inicialmente conhecido como Império Romano do Oriente ou Reinado Romano do Oriente, sucedeu o Império Romano (cerca de 395) como o império e reinado dominante do Mar Mediterrâneo. Sob Justiniano, considerado o último grande imperador romano, dominava áreas no atual Marrocos, Cartago, sul da França e da Itália, bem como suas ilhas, Península Balcânica, Anatólia, Egito, Oriente Próximo e a Península da Criméia, no Mar Negro. Sob a perspectiva ocidental, não é errado inserir o Império Bizantino no estudo da Idade Média, mas, a rigor, ele viveu uma extensão da Idade Antiga. Os historiadores especializados em Bizâncio em geral concordam que seu apogeu se deu com o grande imperador da dinastia Macedônica, Basílio II Bulgaroctonos (MataBúlgaros), no início do século IX. A sua regressão territorial gradual delineou a história da Europa medieval, e sua queda, em 1453, frente aos turcos otomanos, marcou o fim da Idade Média. 

O embrião do Império Bizantino surgiu quando o imperador romano Constantino decidiu construir sobre a antiga cidade grega de Bizâncio uma nova capital para o Império Romano, mais próxima às rotas comerciais que ligavam o Mar Mediterrâneo ao Mar Negro, e a Europa à Ásia. Além disso, havia muito os imperadores de Roma já não mais usavam esta cidade como capital, por ser muito distante das fronteiras. Em geral, eles tendiam a escolher Milão, mas as fronteiras que estavam em perigo na época de Constantino eram as da Pérsia ao Leste e as do Danúbio ao norte, muito mais próximas da região dos estreitos. A nova capital, batizada de Constantinopla, unia a organização urbana de Roma à arquitetura e arte gregas, com claras influências orientais. É uma cidade estrategicamente muito bem localizada, e sua resistência a dezenas de cercos prova a boa escolha de Constantino. 

Em pouco tempo, a cidade renovada tornar-se-ia uma das mais movimentadas e cosmopolitas de sua época. Sua religião, língua e cultura eram essencialmente gregas, e não romanas, mas para os bizantinos a palavra grego significava, de maneira injuriosa, pagão. Os persas e os árabes também chamavam os bizantinos de romanos. A palavra bizantino vem de Bizâncio, o antigo nome da capital bizantina, Constantinopla. Este termo bizantino começou a ser utilizado somente depois do século XVII, quando os historiadores o criaram para fazer uma distinção entre o império da Idade Média e o da Antiguidade. Evolução O Império Bizantino, 1265. The Historical Atlas, William R. Shepherd, 1911. Create PDF with GO2PDF for free, if you wish to remove this line, click here to buy Virtual PDF Printer Nos séculos III, IV e V, o Império Romano viveu uma desastrosa crise em suas estruturas. Nesse período, ocorreu um notável processo de concentração de terras no Oriente, em que os pequenos proprietários confiavam seus lotes à proteção de latifundiários, muitos dos quais, em função do prestígio, passavam a ocupar importantes cargos do governo. Já se destacava a estabilidade do Império no Oriente, o que levou Constantino a ordenar, em 324, a construção de uma nova cidade no lado europeu do Bósforo. A cidade foi erguida no local da antiga Bizâncio, colônia fundada por gregos de Mégara em 657 a.C. Consagrada à Virgem Maria, foi inaugurada com o nome de Constantinopla, em 330. Constantinopla tinha uma posição privilegiada. Entre os mares de Mármara, Negro e Egeu, constituiu, ao longo de sua história, um verdadeiro entreposto comercial entre o Ocidente e o Oriente. Dinastias latinas Nesse período, os imperadores buscaram combater o helenismo, predominando as instituições latinas. O latim também foi mantido como língua oficial. De 395 a 457, estendeu-se à dinastia Teodosiana, cujo primeiro imperador foi Arcádio, responsável pela expulsão dos visigodos no final do século IV. Destacou-se também o cerco de Átila, o Huno, afastado, em 443, por meio do pagamento de um resgate de seis mil libras de ouro. De 457 a 518, estendeu-se à dinastia Leonina que foi deposta em 477 mais somente o Imperador Basilisco ou (Bizâncio) e foi restaurada em 491 por Anastácio I um de seus herdeiros, na qual destacou-se, em 488, o acordo de combate aos hérulos levado a efeito entre o imperador Zenão e o rei dos ostrogodos, Teodorico. A mais importante dinastia latina foi a Justiniana (518-610). Nela, o imperador Justiniano (527-565) buscou restaurar e dispor sob sua inteira autoridade a vastidão típica do Império dos Antoninos (96-192). 

Em 534, sob o comando do general Belizário, o exército de Justiniano conquistou o Reino dos Vândalos. Em 554, na Itália, o Império abraçava também o Reino dos Ostrogodos. Para a posteridade, porém, o maior legado desse período foi o Corpus Juris Civilis, base, ainda hoje, da maioria dos códigos legislativos do mundo. O Corpus Juris Civilis era dividido em quatro partes: o Código Justiniano - compilação de todas as leis romanas desde Adriano (117-138) -, o Digesto ou Pandectas - reunião de trabalhos de jurisprudência de grandes juristas -, as Institutas - espécie de manual que facilitava o uso do Código ou do Digesto -, e as Novelas ou Autênticas - novas leis decretadas por Justiniano e seus sucessores. Justiniano ordenou também a construção da Basílica de Santa Sofia, com estilo arquitetônico próprio, o qual convencionou-se chamar de estilo bizantino. No século VI, para combater a heresia do nestorianismo, o Patriarca de Alexandria, Dióscoro, desenvolveu o monofisismo, formulação teológica também condenada pela Igreja Católica e muito ligada a ideais de emancipação política no Egito e na Síria. Desencadearam-se então movimentos de perseguição aos monofisistas, protegidos, no entanto, pela esposa de Justiniano, a atriz Teodora. Buscando manter a unidade do Império, Justiniano desenvolveu a heresia do monotelismo, uma tentativa de conciliação entre o monofisismo e o nestorianismo. 

O cesaropapismo de Justiniano, que inclusive muito marcou o Império Bizantino, gerava distúrbios na ordem e insatisfação da população, já indignada com a cobrança abusiva de impostos. Em 532, estourava a Revolta de Nika, sufocada completamente pelo general Belisário após oito dias. Justiniano ainda se viu às voltas com terremotos, fome e a grande peste de 544. Após sua morte, os lombardos, até então estabelecidos na Panônia como aliados, invadiram, em 568, a Itália setentrional. Os bizantinos mantiveram ainda o Exarcado de Ravena, os ducados de Roma e Nápoles, a Ístria, a Itália Meridional e a Sicília. Os Justinianos ainda enfrentaram as investidas do Império Persa Sassânida, no Oriente, e dos ávaros, no norte. Para tanto, deixaram para segundo plano a proteção dos territórios conquistados na Espanha, no norte da África e na Itália, o que facilitou a posterior fixação, nestas regiões, dos maometanos e dos Estados da Igreja. Dinastias Julio-Claudiana De 477 a 491, a dinastia Julio-Claudiana-Sarzi, Nero I codinome o Verdadeiro, depois a dinastia de Leonina com a morte do Imperador Basilisco e com o pretexto de que foi proclamado rei pelo povo e abençoado pelos deuses, se tornou rei, mas foi deposto por Anastácio I, não foi exilado por ter usado o pretexto de que foi abençoado por Deus, e por ser da Casa de Sarzi a casa da família mais rica do Império Romano e Bizantino etc; com uma fortuna de 3 milhões de libras. Dinastias Gregas As três dinastias gregas constituíram uma fase obscura do Império Bizantino. Coube a Heráclito (610-641), primeiro imperador da dinastia Heráclida (610-717), restaurar o Império. Quando ele subiu ao trono, os Persas estavam na ofensiva, e já haviam ocupado boa parte da Ásia Menor, Síria, Palestina e Egito. Haviam inclusive roubado as relíquias da Vera Cruz de Jerusalém, e atravessaram a Anatólia para se estabelecerem Crisópolis, em frente da capital imperial. 

O novo Imperador reorganizou o exército e apresentou o combate aos Persas como uma cruzada, para recuperar a Santa Cruz das mãos pagãs. Em 628, atacou os persas no coração de suas terras e venceu, recuperando a Santa Cruz de Ctesifonte. O Império Sassânida foi finalmente detido, e o Império Bizantino pôde então recuperar o Egito, a Síria e a Palestina. Mas não tardaram em perdê-los, desta vez para os muçulmanos, que se expandiam desde 622, sob Maomé. Em 636, perderam Damasco, e, com ela, toda a Síria. Em 642, perderam também o Egito. No califado de Omar (634-644), perderam ainda várias regiões da Palestina. O reinado de Heráclito ainda foi marcado pela troca do latim pelo grego como língua oficial, e o título do Imperador passou a ser Basileu (Rei, em grego), em vez de Imperator. Com a finalidade de proteger seu Império dos ataques islâmicos, além dos búlgaros e eslavos, Leão III (717-741), primeiro imperador da dinastia Isáuria (717-820 substituiu as províncias pelos Temas, circunscrições militares chefiada cada qual por um estrátego, subordinado diretamente a Constantinopla e sempre um general altamente graduado. A ele cabia a suprema administração civil, judicial, militar e financeira de seu Tema. Essa nova organização desencadearia posteriormente um crescimento exacerbado dos poderes locais, constituindo inclusive um dos fatores da derrocada do Império. Leão III também estabeleceu, em 730, o iconoclasmo, recrudescido no governo de seu filho, Constantino V (741-775). As querelas do iconoclasmo geraram verdadeiras guerras civis, que só arrefeceram no final da dinastia Amória (820-867) e na dinastia Macedônia (867-1056). A dinastia Macedônia (867-1056) Na dinastia Macedônia, deu-se a segunda fase de apogeu do Império. Especiarias, seda, pedras preciosas, além de variados vasos chineses não chegavam à Itália sem antes passar por Constantinopla. 

Notável foi também à influência cultural que Bizâncio  exerceu sobre o Ocidente, já sentida sob Carlos Magno, quando construiu, na França, diversas igrejas em estilo bizantino. Os Macedônios ainda conquistaram a Sicília e algumas ilhas do Mediterrâneo oriental, como Creta e Rodes, além de terem finalmente batido os búlgaros no nordeste dos Bálcãs. Para conter o fortalecimento dos poderes locais, foi organizado um novo código legislativo: a Basílica, que combatia inclusive a tomada das pequenas propriedades por parte dos latifundiários. No entanto, o poder central continuou a enfraquecer nos séculos seguintes. A derrocada Com a queda da dinastia Macedônia, iniciou-se um período difícil, marcado por agitações militares. De 1059 a 1081, estendeu-se à dinastia dos Ducas. Em 1081, Aleixo Comneno tornouse imperador, dando início à dinastia dos Comnenos (1081-1185), marcada pela invasão dos sérvios e petchenegues, nos Bálcãs, dos seldjúcidas, no Oriente, e dos normandos, que ocuparam a Sicília. Constantinopla chamou em auxílio então os venezianos, que, após combaterem os normandos nos Bálcãs, ocuparam Creta e outras ilhas do Egeu, além de terem obtido isenções alfandegárias junto a Constantinopla. Tais privilégios fiscais arruinavam as finanças do Império. Então os Ângelos (1185- 1204) os anularam. Em retaliação, os venezianos empurraram a Quarta Cruzada para Constantinopla. A sede do Império foi então trasladada para Nicéia. Nesse período, várias províncias se desligaram, algumas por sublevações e outras conquistadas por Estados estrangeiros. Assim surgiu o Estado de Trebizonda, que se manteve independente até 1461. Na dinastia dos Lascáridas (1204-1258), Constantinopla reconquistou a Trácia e várias regiões da Macedônia, do Épiro e da Tessália. No entanto Constantinopla só foi reconquistada em 25 de julho de 1261, na dinastia dos Paleólogos (1258-1453), com o apoio dos genoveses. Assim, venezianos e genovesas entravam e saíam de Constantinopla sem pagar nada, o que contribuiu imensamente para o enfraquecimento do Império. 

A crise aumentava com as constantes lutas intestinas, geradas pelo fortalecimento dos poderes locais frente ao poder central e pelos conflitos religiosos. Em 1453, o Império Bizantino caía sob o ataque dos turcos otomanos. Apogeu Contudo, o Império sobreviveu, graças aos disciplinados exércitos, ao emprego do fogo grego nas batalhas marítimas e a bons imperadores e generais. Entre os séculos VII e IX desenvolveu-se o movimento iconoclasta, que condenava o culto das imagens. Vários imperadores iconoclastas enfrentaram problemas internos, resultantes de uma população que não aderia ao movimento religioso. Já contra os Árabes, os imperadores deste tempo conseguiram manter seus territórios e se defender relativamente bem contra os inimigos. Em 867 sobe ao trono Basílio I, dando início à Dinastia Macedônica, que levaria o Império ao auge. Muitas vitórias foram obtidas frente aos Árabes, Eslavos, Búlgaros. Basílio II, que governou de 976 a 1025, iria completar a expansão do Império. Ele prejudicou os grandes proprietários rurais em favor dos camponeses e venceu de uma vez por todas a Bulgária, incorporando-a ao Império e recebendo a fama de Bulgaroctonos (Mata-Búlgaros). Vence os Normandos em Canas e restabelece a autoridade imperial na Apúlia. A maré de sorte do Império, entretanto, parecia ter acabado. 

O imperador Romano Diógenes IV foi vencido e capturado pelos turcos seljuques em Manzikert. Essa batalha  marca a desintegração do sistema defensivo que durante séculos protegeu a Ásia Menor e a entrada dos turcos na península anatólica. Com isso o Império perde até um terço de sua população e recursos. Por mais que a dinastia subseqüente, aquela dos Comneni, tente recuperar o Império, ataques do ocidente e do norte e a própria sorte dos imperadores impede isso. A Itália estava definitivamente perdida. O declínio do Império veio acompanhado de uma subserviência comercial aos interesses ora de Veneza (com a qual o próprio Basílio II assinou um tratado), ora de Gênova, até que finalmente Veneza desvia a IV Cruzada para Constantinopla, que cai frente aos cruzados em 1204. Declínio Três Estados com governantes bizantinos surgiram depois da primeira "queda" de Constantinopla: * O Império de Nicéia * O despotado do Épiro * O Império de Trebizonda Destes, é o Império de Nicéia que é considerado o verdadeiro sucessor. Governado por imperadores fortes e bons, se tornou à primeira potência territorial na Ásia Menor. A agricultura se desenvolveu, assim como o comércio, e várias cidades na Europa foram recuperadas. Os Paleólogos faltando com o seu juramento de lealdade assassinaram o legítimo imperador e depuseram a dinastia dos Vatatzes-Laskaris, esta dinastia ainda hoje existe sendo representada por Sua Alteza Dona Maria José Barbara. Miguel VIII Paleólogo fez uma aliança com Gênova (desnecessária) e conseguiu reconquistar a antiga capital do Império Bizantino no dia 25 de julho de 1261. 

Contudo a dinastia dos Paleólogos não conseguiu recuperar a antiga glória imperial. A retirada de tropas da Ásia para a defesa e reconquista da Europa abriu caminho para os vários emirados turcos, inclusive aquele dos Otomanos, se instalarem em antigos territórios do Império de Nicéia. Sem os territórios asiáticos e com a colonização comercial de Veneza e Gênova, o destino do Império estava selado. Especialmente prejudicial era colônia genovesa de Pera, que, instalada de frente a Constantinopla, do outro lado do Chifre de Ouro, dominava o comércio local, importante para os bizantinos. Apesar de várias tentativas de obter apoio ocidental, culminando com a promessa de união entre as Igrejas de Roma e de Constantinopla, no Concílio de Ferrara/Florença, poucos foram os resultados. A cruzada pregada pelo papado para o resgate da Nova Roma foi vencida pelos otomanos. A viagem do imperador João VIII ao Ocidente não rendeu frutos, apesar dele ter sido muito bem tratado nos reinos ocidentais. Consequências A queda de Constantinopla significou a perda de um posto estratégico do cristianismo que assegurava o acesso de comerciantes europeus em direção às rotas comerciais para a Índia e a China, sobretudo comerciantes venezianos e genoveses. Com a dominação turca, a rota entre o Mediterrâneo e o Mar Negro ficou, senão bloqueada aos navios cristãos, ao menos dificultada. Isto impulsionou uma corrida naval em busca de uma rota em direção à Índia através do Oceano Atlântico, contornando a África. Espanha e Portugal rapidamente tiraram vantagem de sua posição geográfica para dominar as novas rotas. 

No final do século XV, financiado pelos reis de Espanha, Cristóvão Colombo partiu para uma ousada tentativa de alcançar a Ásia em uma nova rota através do oceano, para oeste, descobrindo um novo continente, a América, descortinando um novo mundo para os europeus. Se por um lado significou um novo mundo para os europeus, este mesmo processo de fechamento do comércio por meio do mar mediterrâneo, no qual turco-otomanos (árabes) impediram o avanço europeu, fez com que toda região balcânica se tornasse mais dependente ainda da produção individual, juntamente com a península itálica. Portanto, esse é um dos fatores que impulsionaram o feudalismo. Tão óbvia é essa afirmação pois se os árabes se tornaram grandes comerciantes por interligarem o extremo oriente ao contexto do ocidente europeu por meio das rotas da seda, e baseando-se no fato de que dois corpos não ocupam o mesmo lugar no espaço, essa região só poderia compreender ao Império Bizantino, pois este só conseguiu sobreviver durante as invasões bárbaras por terem um comércio forte, o qual foi à base do renascimento comercial e urbano. 

Fonte: http://www.colegioacademia.com.br/admin/professores/arquivos_upl/7_aulas_34.pdf



quarta-feira, 23 de agosto de 2017

Roma antiga


Resultado de imagem para mapa peninsula italica antiga



Roma Antiga - Formação Histórica

Localização e os primeiros povos:

Roma localiza-se na península Itálica, na região do Lácio,às margens do rio Tibre. A península era habitada por vários provos.

Ao Norte: gauleses  e etruscos
Ao Centro: italiotas; úmbrios, samanitas e latinos
Ao Sul: fenícios e gregos







Fundação: Lenda e história

Os romanos explicavam a origem de sua cidade por meio de lendas que envolviam deuses e heróis.
Na obra Eneida, o poeta romano Virgílio, conta que Enéias, um príncipe troiano, fugiu para a Península Itálica após a destruição da cidade de Tróia pelos gregos. Na região do Lácio, fundou a cidade de Lavínio. Mais tarde, seu filho Ascânio fundou a cidade de  Alba Longa.
Segundo a lenda, Enéias foi sucedido por doze reis, até que houve uma briga entre dois irmãos, Numitor e Amúlio que queriam ser os reis de Alba Longa.
Amúlio venceu e mandou matar os filhos e os netos de Numitor. Os gêmeos, Rômulo e Remo, foram jogados em um cesto nas águas do rio Tibre. Os deuses protegeram os meninos, que foram amamentados por uma loba e depois criados e educados por um pastor de nome Fáustulo.
Quando adultos Rômulo e Remo retornaram para Alba Longa, mataram o tio-avô e devolveram o trono da cidade ao legítimo sucessor, seu avô Numitor. Receberam permissão para fundarem uma cidade. Assim, Rômulo fundou a cidade de Roma, sobre as sete colinas. Surgiu uma disputa entre os dois irmãos para saber quem reinaria em Roma. Rômulo matou Remo, passando a reinar sobre a cidade, fundada em 753 a.C.
Depois de Rômulo, a cidade de Roma teve sete reis. Rômulo organizou o Senado, uma das principais instituições do governo em Roma, e dividiu a sociedade romana em dois grupos: os patrícios e os plebeus.
Historicamente as pesquisas indicam que o nascimento de Roma está ligado aos povos italiotas (sabinos e latinos) por volta do século VIII a.C. Mas foi só por volta do século VII a.C. que os etruscos consolidaram a fundação de Roma, ao se expandirem pela região do Lácio.

Resultado de imagem para lenda formação de roma
Os Etruscos moldaram em bronze a lendaria liva romana, que se tornou um dos símbolos da cidade. As figuras de Rômulo e Remo foram acrescentadas muitos séculos depois, na época do Reascimento.






Organização social

A sociedade romana dividia-se em  quatro estratos sociais:  os patrícios, os clientes, os plebeus e os escravos.


  • Patrícios: aristocracia romana. Possuíam direitos políticos e as melhores terras.
  •  Clientes: buscavam proteção dos patrícios. Em troca, prestava todo tipo de serviço. Tinham direitos políticos e eram mais pobres que os patrícios.
  •  Plebeus: Maioria da população. Eram donos de pouca ou nenhuma terra. Eram livres, porém sem direitos políticos. Não participavam dos cultos religiosos e viviam ameaçados pela escravidão por dívida.
  •  Escravos: Não eram considerados cidadãos e não possuíam direitos. Eram escravos os prisioneiros de guerra e os devedores.





Periodização:

Monarquia (753 - 509 a.C) 

- Conhecido como o período da realeza, segundo a tradição sucederam sete reis, dede Rômulo em 753 a.C. , até Tarquínio, o soberbo, em 6509 a.C.
- Período envolto em lendas, mas ainda assim pode-se afirmar o importante papel dos etruscos, pois vários reis tinham  origem etrusca.
- O último rei de Roma - Tarquínio, o Soberbo ( 534 a 509 a. C) em razão de suas abitrariedades e de seu conflito com o Senado, ao queres reduzir a importância dessa instituição na vida política romana, acabou por ser expulso da cidade, sendo instituida, então, a República.

O Senado - Uma das mais antigas instituições de Roma. Na época monarquica o Senado representava a continuidade do poder soberano do Estado, pois era ele quem nomeava o rei, renunciando ao seu próprio poder, que se tornava mais consultivo que decisório.
Muitas vezes, o conflito entre o Senado e os demais detentores do poder (reis, cônsules, etc) - ou a busca de equilibrio entre eles - foi a tônica da história política de Roma
Resultado de imagem para senado romano monarquia



República  (509 - 531 a.C.)

As instituições políticas romanas:

- Após a monarquia e com o intuito de evitar a cultura despótica criada durante a monarquia, o poder deveria ser de alguma maneira partilhado.
- O Senado, sai fortalecido e passa a ter um papel de destaque durante a república. 
- No lugar do rei foram eleitos dois cônsules, tinham os mesmos poderes dos reis mas permaneciam no cargo apenas um ano.  Um deles nada podia fazer sem o consentimento do outro. Em caso de perigo grave, os dois cônsules nomeavam um ditador, que governava no máximo por seis meses, investido de poderes absolutos.

Características do período republicano:

- Internamente, o período marcado por lutas entre patrícios (privilegiados) e plebeus (não privilegiados), guerras civis, disputas pelo poder e conflitos entre côsules e o Senado.
- No plano externo, merecem destaques a extensão do poder territorial de Roma sobre toda a peninsula Itálica e o confronto com Cartago (Guerras Púnicas, 264 - 146 a.C.) garantindo o controle sobre o meditrerraneo e territórios adjacentes. 

Luta entre patricios e plebeus:

Em 498 a. C ocorre um levante dos Plebeus e o Senado instaura a ditadura. Como resultado a plebe consegue a instituição dos Tribunos na Plebe como seus representantes junto ao senado.


Lei das doze tábuas: Em 450 a.C. os plebeus, representados por seu Tribuno da plebe, conseguiram a criação e aprovação dessa lei que é o primeiro conjunto de leis romanas escritas. Sua importância está relacionada ao fato de a escrita ser uma forma de evitar a manipulação e corrupção das leis a favor de alguém – o que normalmente acontecia pelos patrícios.
Lei Canuléia: por volta de 445 a.C. foi aprovada esta lei que permitia o casamento entre plebeus e patrícios, sendo que os filhos de tal união seguiriam a condição do pai; ou seja, se o pai fosse patrício, os filhos também o seriam, sendo uma possibilidade de conseguir passar de uma classe para outra.
Lei Licínia: aprovada em 367 a.C., essa lei possibilitava que os plebeus pudessem eleger magistrados entre os homens de sua classe, inclusive um dos cônsules deveria ser sempre plebeu.
Outras leis, ainda, foram aprovadas, como o fim da escravidão por dívida e a possibilidade de eleger sacerdotes para administrar a vida religiosa.


A conquista da Itália


Ao norte da Itália ficava a Gália; o povo que a habitava, os gauleses, tiveram muitos choques como os romanos. Em 390 a.C. Roma foi invadida pelos gauleses e, para abandoná-la , exigiram o pagameto de um grande resgate.
Após neutralizar os gauleses (que só seriam definitivamente derrotados  por Júlio César em 52 a.C.) Roma consilida seu pooder sobre a Itália Central, passando também a controlar o sul, fato que conduziu ao confronto com Cartago.

As Guerras Púnicas


As razões da guerra: O controle de Roma sobre o Sul da Itália e sua Chegada à Sicília provocam desavenças com Cartago, antiga colônia fenícia. A Sícilia era uma ponto estartégico no Mediterrâneo, encravada entre o sul da Itália e o norte da Africa; assim, seu controle era de vital importência militar e comercial, tanto para Roma como para Cartago.

"Os cartagineses eram chamados de poeni pelos romanos, derivando disto o nome de "púnicas"  dado a essas guerras que ser estenderam por um enorme período."

Primeira Guerra púnica (264 - 241 a.C.):  Ao longo de mais de duas décadas, romanos e cartagineses estveram em estado de guerra permanente. Na maior parte do seu tempo, a luta concentrou-se no território da Sicília. Ao final desse período Roma conseguiu estender seu domínio sobre sobre toda a Sicília, que se tormou a primeira província romana. Cartago foi obridada a pagar uma grande indenização de guerra a Roma.

Segunda guerra púnica (218 - 201 a.C.): Após a derrota para Roma, Cartago dirigiu suas atenções para o Mediterrâneo Ocidental, estabelecendo diversas colônias na costa da Espanha. Contudo, o desejo de desforra contra os romanos não desaparecera de todo. O general Aníbal, chefe das Forças Cartaginesas na Espanha, tinha um grande contingente de homens, armas e aniamis sob o seu comando. Assim acabou se tornando responsável por um dos grandes feitos militares da antiguidade: com seu exército, realizou uma longa jornada, atravessando os Pirineus, a Gália e os Alpes invadindo a Itália pelo norte e deflagrando a segunda guerra púnica.
Aníbal acreditava que muitas cidade italianas aproveitariam essa ocasião para se rebelar contra Roma; entretando, poucas o fizeram. Sem a adesão dessas cidades e  sem ois reforços que ele esperava de Cartago, os cartaginenses acabaram mais uma vez derrotados pelos romanos, que passam a dominar tanto o norte da Africa quanto a Espanha, que se torna provincia romana.

Terceira guerra púnica (149 -146 a.C.) - Mais de cinquenta anos após o fim da Segunda guerra púnica, Cartago volta a desfrutar de prosperidade econômica, entrando em choque com alguns interesses comerciais de Roma, além de defender-se de um ataque da Númidia ( sem o consentimento dos romanos). Esses foram os pretextos para uma nova guerra, ao fim da qual Cartago foi destruida.

 O fim da Republica

Júlio César, um dos grandes generais romanos, dá um golpe no Senado e intitula-se Ditador de Roma.
Esse período é conhecido como o dos grandes generais, que se tornam ditadores através de seu prestígio diante das campanhas de expansão do Império.


Otávio substitui Júlio César instituindo o Império, e se declarando IMPERADOR ROMANO. Nos dois primeiros séculos desse regime a cidadania foi concedida amplamente a quase todos os habitantes do Império, mas enquanto aumentava o número de cidadãos, diminuía a importância da Cidadania.

Império Romano ( 27 a.C. - 476 d.C):  Otávio Augusto organizou o Império, o Senado é uma instituição que continua existindo e vai haver uma redução do avanço das conquistas, pois o exército se torna muito oneroso e também vai haver uma redução do número de escravos.


No Império, há muitas tensões sociais já que os Plebeus voltavam das campanhas militares, na miséria, com o objetivo de controlar as tensões sociais, os governantes ofereciam divertimentos através da luta de gladiadores, alimentavam o povo com pão, política chamada de Pão e Circo.

PAX ROMANA: foi um período de paz em Roma  que foi organizada por Octavio Augusto e mantida durante dois séculos por seus sucessores.
O Regime político instituído  por Octavio Augusto levou, em pratica-a, a dar-lhe o poder para dirigí-lo tudo, ou ao menos, para o controlar tudo.  Era necessário um imperador para impor às fações, aos governadores de províncias, aos chefes de exército e aos homens de dinheiro. Apesar da paz, as revoltas internas continuavam sendo possíveis, embora a paz quase não foi alterada: produziram-se alguns movimentos nas províncias de população sedentária, mas foram raros e de amplitude limitada.
Muito rara vez eram guerras defensivas (provocadas por uma agressão). Muito mas frequentes eram as guerras que tinham como fim a conquista, embora estas apresentavam diferentes tipos.


 Crise no império Romano

Com a diminuição do número de escravos, a mão de obra passa a ser institucionalizada pelo Estado através do SISTEMA DE COLONATO - as pessoas passam a ficar LIGADOS A TERRA.

Com a economia enfraquecida e o aumento constante do Império, aumentava-se a cobrança de Impostos, seguida da pressão nas fronteiras por povos conhecidos como BÁRBAROS.

Para os Romanos bárbaro eram aqueles povos que vivam fora dos domínios do Império Romano e não tinham a mesma cultura, para os Romanos os Bárbaros eram povos inferiores.

Esses povos bárbaros passaram a pressionar as fronteiras do Império, primeiramente se inserindo ao exército romano, e depois invadindo as fronteiras e cidades romanas. Isso levou a população urbana migrar para as zonas rurais, processo chamado de RURALIZAÇÃO DA SOCIEDADE OU ÊXODO URBANO. As pessoas que migraram ofereciam seus serviços em troca da proteção dos grandes fazendeiros.

Vários foram os povos que entraram nos domínios romanos: Vikings, Hunos, etc, mas os que estabeleceram domínios foram os povos de origem germânica.

Com o Imperador Constantino ocorre a TOLERÂNCIA RELIGIOSA em relação aos cristãos, o chamado ÉDITO DE MILÃO.

Com o governo de Constantino também houve a fundação da capital oriental do Império Romano na antiga cidade de Bizâncio, rebatizada de Constantinopla, onde posteriormente floresceu a civilização Bizantina. 

O Imperador Teodósio, decretou o Cristianismo como religião oficial através do Édito de Tessalônica e após sua morte o Império foi dividido entre IMPÉRIO ROMANO DO OCIDENTE E DO ORIENTE, este durando até 1453, com a tomada de Constantinopla pelos Turcos Otomanos, atual capital da Turquia, a cidade de Istambul.


Já o Império Romano do ocidente termina com a entrada de povos estrangeiros em seu território.






segunda-feira, 5 de junho de 2017

Antiguidade Clássica - Grécia

Grécia Antiga - Formação histórica

Resultado de imagem para grecia antiga periodos

Localização:

A Grécia está localizada ao sul da penísula Balcânica, na região do Mediterrâneo oriental, podemos distinguir na Grécia Antiga a árte continental, a insular e as colônias que envolviam regiões da África, Ásia e Europa.

Primeiro Povos

Consideram-se os pelágios como os antigos habitantes da região. Por volta de 2000 a.C. a área da Grécia Antiga foi invadida pro povos indo-europeus (aqueus, jônios, eólios e dórios). O intervalo entre os séculos XII e VIII a.C. é conhecido como perído homérico. O estudo desse período fundamenta-se nas obras da Ilíada (guerra dos gregos contra Troia) e Odisséia (viagem de Ulisses, rei de Ítaca, retornando à patria depois da guerra).

Cidade-estado - a pólis grega

Ponto de partida: família reunida em torno do chefe. Conjunto de famílias forma um clã (genos). Conjunto de genos forma fratrias. Conjunto de frátrias forma uma tribo (filo). Há um chefe, o filobasileu. Forma-se a pólis, com a Acrópole (cidade fortificada) e os demos. A pólis grega veio a se constituir na principal unidade político-administrativa da Grécia Antiga.

Formas de governo

Váriável conforme a cidade-estado. Em Atenas, por Exemplo, observamos a Monarqua, a oligarquia, a tirania e a democracia.
As cidades-estado dispunham de instituições de autogoverno, chegaram a desenvolver em algumas delas forma colegiandas de governo, integradas por aqueles que eram considerados cidadãos.
Por intermédio da cidades-estado, a civilização grega tornou-se capaz de erigir um importante império comercial quer chegou a controlar vastas partes da bacia do Mediterrâneo e adjacências. Em contraste com as monarquias teocráticas do Egito, da Pérsia e da Mesopotâmia, as cidades-estado gregas ampliaram a participação política de seus habitantes. 

Esparta

Localizava-se  na Lacônia, ao sul da península do Peloponeso. Os espartanos descendiam dos dórios. Eram ligados a atividades agrícolas e militares.
As leis e a organização social de Esparta tinham por finalidade criar um povo de guerreiros. Desde seu nascimento o espartano fica à disposição do Estado. Desde jovens eram integrados ao Exército, recebendo uma educação tipicamente militar. Suas obrigações para com as arma somente cessavam aos 60 anos. As menias também recebiam educação do Estado, que pretendia torná-las fortes para gerarem filhos vigorosos e sadios.


Organograma político-social de Esparta
Elforato
5 éforos eleitos por 1 ano
Diarquia
2 reis hereditários e vitalícios
Gerúsia
28 anciãos aclamados e vitalícios

Apelá
Todos os cidadãos (espartanos) com mais de 30 anos reúnem-se uma vez por mês, escolhem éforos e anciãos




Resultado de imagem para espartanos periecos e hilotas piramide
Espartanos: Cidadãos livres, com direitos políticos e civis
Periecos: Artesãos comerciantes, livres, mas sem direitos políticos
Hilotas: Servos, propriedades do Estado, sem nenhum direito


Atenas

Localização e sociedade

Çocalizava-se na Ática, no sudeste da Grécia Continental. Enquanto Esparta tinha mais atividades agrícola e militar, Atenas tinha intensa atividade mercantil. Havia maior mobilidade social.


Sociedade ateniense
Eupátridas
Os bem-nascidos: aristocracia, proprietários de terras. No ínicio controlavam o poder
Georgoi
Pequenos proprietários
Metecos
Estrangeiros sem direito à cidadania; dedicavam-se a atividades artesanais e mercantis
Escravos
De maneira geral, prisioneiros de guerra. Chegou a existir escravidão por dívidas

Instituições atenienses

A educação

A educação ateniense visava não somente à formação física, mas também a intelectual do cidadão. A lei exigia que os pais dessem instrução aos filhos. As escolas eram particulares e dirigidas por mestres pagos pelos pais. 

A política

No início a cidade-estado era governada por um rei (basileu), que tinha funções militares, religiosas e civis. Com o tempo foi criado o arcontados. Esse governo aristocrático provocou revoltas sociais.
Atribuiu-se ao legislador Drácon (621 a.C.) a criação de leis escritas que regularam as relações entre os estratos sociais.


Instituições políticas atenienses
Arconte-rei
Funções religiosas
Arconte polemarco
Poder militar
Arconte epônimo
Poder judiciário
Tesmonetas
Preservavam decisões que tinham força de lei
Areópago
Conselho
Assembléia popular
Elegia magistrados


O arconte Sólon (594 a.C.) classificou os cidadãos em quatro classes e de acordo com suas rendas.

A democracia ateniense

Psistrato (560 -529 a.C.) confiscou as terras dos nobres e as entregou aos agricultores.
Clístenes (565-500 a.C.) completou a obra de Sólon. Conhecido como "pai da democracia", pois suas reformas pretendiam tornar possível a todos os cidadãos de Atenas fazerem-se representar nas instituições de governo.
Péricles (499-429 a.C.) estabeleceu o pagamento de salários para o exército de funções públicas.
Atenas, por volta do século V a.C., constitui modelo de governo democrático, caracterizado pela igualdade dos cidadãos perante a lei, o direito de receber honras por mérito pessoal e não por hereditariedade, o direito de apelar para tribunais e assembléias, o direito de votar e participar do governo. 

Das guerras Médicas ao Império Macedinônico

Guerras Médicas (492 - 479 a.C)

Os gregos fundaram colônias na região da Ásia Menor. Os Persas, em expansão, viam nos gregos uma ameaça para seu império. Dario, rei da Pérsia, interferiu nessas colônias, pressionando e cobrando tributos, o que provocou a revolta das mesmas. Tal revolta foi apoiada por Atenas, fazendo com que Dario investisse contra ela. Esse período deu inicio às guerras Grego-pérsicas ou Médicas.
As cidades-estado gregas decidiram unir recursos materiais e humanos para enfrentar o imperio. No rocesso dessa guerra, Atenas destaca-se no conjunto das cidades-estado.
Em 490 a.C., os Persas desembarcam na planície de Maratona e são derrotados pelos atenienses e seus aliados.
Xerxes, rei da Pérsia, em 480 a.C. fez nova investida e Atenas chegou a ser incendiada. Houve derrotas e vitórias de ambos os lados, mas os gregos conseguem derrotar os persas em 479 a. C., na Batalha de Plateia, pondo um fim à guerra.

Guerra do Peloponeso (séc. Va.C.)

Ao final das Guerras médicas, várias cidades-estado gregas formaram a confederação de Delos, lideradas por Atenas, com a finalidade de se organizarem, financeira e militarmente, em razão de uma possível nova ofensiva persa. Tal situação fez surgir o imperialismo ateniense. Contra tal hegemonia esgueu-se Esparta, que liberou a Liga do Peloponeso para combater Atenas e aliadas. Esses conflitos são conhecidos como as Guerras do Peloponeso.
A guerra foi longa e exaustiva. As cidades gregas, esgotadas e divididas, não resistem ao avanço da Macedônia.

Domínio macedônico

Desde 360 a.C., o rei Felipe II da Macedônia impõe sua hegemonia sobre muitas colônias gregas.
Seu filho Alexandre Magno amplia e consolida o domínio da Macedônia sobre a Grécia, que chega ao fim de uma época de esplendor.
Em 334 a.C. Alexandre Magno volta-se contra o Império Pérsa e posteriormente, sobre a Fenícia e o Egito, chegando atingir a Índia.
Alexandre morre em 323 a.C. e seu império é dividido entre seus generais. Lutas internas provocam o enfraquecimento e a intervenção de Roma. Em 146 a.C. a Grécia é integrada ao domínio romano.