segunda-feira, 5 de junho de 2017

Antiguidade Clássica - Grécia

Grécia Antiga - Formação histórica

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Localização:

A Grécia está localizada ao sul da penísula Balcânica, na região do Mediterrâneo oriental, podemos distinguir na Grécia Antiga a árte continental, a insular e as colônias que envolviam regiões da África, Ásia e Europa.

Primeiro Povos

Consideram-se os pelágios como os antigos habitantes da região. Por volta de 2000 a.C. a área da Grécia Antiga foi invadida pro povos indo-europeus (aqueus, jônios, eólios e dórios). O intervalo entre os séculos XII e VIII a.C. é conhecido como perído homérico. O estudo desse período fundamenta-se nas obras da Ilíada (guerra dos gregos contra Troia) e Odisséia (viagem de Ulisses, rei de Ítaca, retornando à patria depois da guerra).

Cidade-estado - a pólis grega

Ponto de partida: família reunida em torno do chefe. Conjunto de famílias forma um clã (genos). Conjunto de genos forma fratrias. Conjunto de frátrias forma uma tribo (filo). Há um chefe, o filobasileu. Forma-se a pólis, com a Acrópole (cidade fortificada) e os demos. A pólis grega veio a se constituir na principal unidade político-administrativa da Grécia Antiga.

Formas de governo

Váriável conforme a cidade-estado. Em Atenas, por Exemplo, observamos a Monarqua, a oligarquia, a tirania e a democracia.
As cidades-estado dispunham de instituições de autogoverno, chegaram a desenvolver em algumas delas forma colegiandas de governo, integradas por aqueles que eram considerados cidadãos.
Por intermédio da cidades-estado, a civilização grega tornou-se capaz de erigir um importante império comercial quer chegou a controlar vastas partes da bacia do Mediterrâneo e adjacências. Em contraste com as monarquias teocráticas do Egito, da Pérsia e da Mesopotâmia, as cidades-estado gregas ampliaram a participação política de seus habitantes. 

Esparta

Localizava-se  na Lacônia, ao sul da península do Peloponeso. Os espartanos descendiam dos dórios. Eram ligados a atividades agrícolas e militares.
As leis e a organização social de Esparta tinham por finalidade criar um povo de guerreiros. Desde seu nascimento o espartano fica à disposição do Estado. Desde jovens eram integrados ao Exército, recebendo uma educação tipicamente militar. Suas obrigações para com as arma somente cessavam aos 60 anos. As menias também recebiam educação do Estado, que pretendia torná-las fortes para gerarem filhos vigorosos e sadios.


Organograma político-social de Esparta
Elforato
5 éforos eleitos por 1 ano
Diarquia
2 reis hereditários e vitalícios
Gerúsia
28 anciãos aclamados e vitalícios

Apelá
Todos os cidadãos (espartanos) com mais de 30 anos reúnem-se uma vez por mês, escolhem éforos e anciãos




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Espartanos: Cidadãos livres, com direitos políticos e civis
Periecos: Artesãos comerciantes, livres, mas sem direitos políticos
Hilotas: Servos, propriedades do Estado, sem nenhum direito


Atenas

Localização e sociedade

Çocalizava-se na Ática, no sudeste da Grécia Continental. Enquanto Esparta tinha mais atividades agrícola e militar, Atenas tinha intensa atividade mercantil. Havia maior mobilidade social.


Sociedade ateniense
Eupátridas
Os bem-nascidos: aristocracia, proprietários de terras. No ínicio controlavam o poder
Georgoi
Pequenos proprietários
Metecos
Estrangeiros sem direito à cidadania; dedicavam-se a atividades artesanais e mercantis
Escravos
De maneira geral, prisioneiros de guerra. Chegou a existir escravidão por dívidas

Instituições atenienses

A educação

A educação ateniense visava não somente à formação física, mas também a intelectual do cidadão. A lei exigia que os pais dessem instrução aos filhos. As escolas eram particulares e dirigidas por mestres pagos pelos pais. 

A política

No início a cidade-estado era governada por um rei (basileu), que tinha funções militares, religiosas e civis. Com o tempo foi criado o arcontados. Esse governo aristocrático provocou revoltas sociais.
Atribuiu-se ao legislador Drácon (621 a.C.) a criação de leis escritas que regularam as relações entre os estratos sociais.


Instituições políticas atenienses
Arconte-rei
Funções religiosas
Arconte polemarco
Poder militar
Arconte epônimo
Poder judiciário
Tesmonetas
Preservavam decisões que tinham força de lei
Areópago
Conselho
Assembléia popular
Elegia magistrados


O arconte Sólon (594 a.C.) classificou os cidadãos em quatro classes e de acordo com suas rendas.

A democracia ateniense

Psistrato (560 -529 a.C.) confiscou as terras dos nobres e as entregou aos agricultores.
Clístenes (565-500 a.C.) completou a obra de Sólon. Conhecido como "pai da democracia", pois suas reformas pretendiam tornar possível a todos os cidadãos de Atenas fazerem-se representar nas instituições de governo.
Péricles (499-429 a.C.) estabeleceu o pagamento de salários para o exército de funções públicas.
Atenas, por volta do século V a.C., constitui modelo de governo democrático, caracterizado pela igualdade dos cidadãos perante a lei, o direito de receber honras por mérito pessoal e não por hereditariedade, o direito de apelar para tribunais e assembléias, o direito de votar e participar do governo. 

Das guerras Médicas ao Império Macedinônico

Guerras Médicas (492 - 479 a.C)

Os gregos fundaram colônias na região da Ásia Menor. Os Persas, em expansão, viam nos gregos uma ameaça para seu império. Dario, rei da Pérsia, interferiu nessas colônias, pressionando e cobrando tributos, o que provocou a revolta das mesmas. Tal revolta foi apoiada por Atenas, fazendo com que Dario investisse contra ela. Esse período deu inicio às guerras Grego-pérsicas ou Médicas.
As cidades-estado gregas decidiram unir recursos materiais e humanos para enfrentar o imperio. No rocesso dessa guerra, Atenas destaca-se no conjunto das cidades-estado.
Em 490 a.C., os Persas desembarcam na planície de Maratona e são derrotados pelos atenienses e seus aliados.
Xerxes, rei da Pérsia, em 480 a.C. fez nova investida e Atenas chegou a ser incendiada. Houve derrotas e vitórias de ambos os lados, mas os gregos conseguem derrotar os persas em 479 a. C., na Batalha de Plateia, pondo um fim à guerra.

Guerra do Peloponeso (séc. Va.C.)

Ao final das Guerras médicas, várias cidades-estado gregas formaram a confederação de Delos, lideradas por Atenas, com a finalidade de se organizarem, financeira e militarmente, em razão de uma possível nova ofensiva persa. Tal situação fez surgir o imperialismo ateniense. Contra tal hegemonia esgueu-se Esparta, que liberou a Liga do Peloponeso para combater Atenas e aliadas. Esses conflitos são conhecidos como as Guerras do Peloponeso.
A guerra foi longa e exaustiva. As cidades gregas, esgotadas e divididas, não resistem ao avanço da Macedônia.

Domínio macedônico

Desde 360 a.C., o rei Felipe II da Macedônia impõe sua hegemonia sobre muitas colônias gregas.
Seu filho Alexandre Magno amplia e consolida o domínio da Macedônia sobre a Grécia, que chega ao fim de uma época de esplendor.
Em 334 a.C. Alexandre Magno volta-se contra o Império Pérsa e posteriormente, sobre a Fenícia e o Egito, chegando atingir a Índia.
Alexandre morre em 323 a.C. e seu império é dividido entre seus generais. Lutas internas provocam o enfraquecimento e a intervenção de Roma. Em 146 a.C. a Grécia é integrada ao domínio romano. 


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