quarta-feira, 23 de agosto de 2017

Roma antiga


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Roma Antiga - Formação Histórica

Localização e os primeiros povos:

Roma localiza-se na península Itálica, na região do Lácio,às margens do rio Tibre. A península era habitada por vários provos.

Ao Norte: gauleses  e etruscos
Ao Centro: italiotas; úmbrios, samanitas e latinos
Ao Sul: fenícios e gregos







Fundação: Lenda e história

Os romanos explicavam a origem de sua cidade por meio de lendas que envolviam deuses e heróis.
Na obra Eneida, o poeta romano Virgílio, conta que Enéias, um príncipe troiano, fugiu para a Península Itálica após a destruição da cidade de Tróia pelos gregos. Na região do Lácio, fundou a cidade de Lavínio. Mais tarde, seu filho Ascânio fundou a cidade de  Alba Longa.
Segundo a lenda, Enéias foi sucedido por doze reis, até que houve uma briga entre dois irmãos, Numitor e Amúlio que queriam ser os reis de Alba Longa.
Amúlio venceu e mandou matar os filhos e os netos de Numitor. Os gêmeos, Rômulo e Remo, foram jogados em um cesto nas águas do rio Tibre. Os deuses protegeram os meninos, que foram amamentados por uma loba e depois criados e educados por um pastor de nome Fáustulo.
Quando adultos Rômulo e Remo retornaram para Alba Longa, mataram o tio-avô e devolveram o trono da cidade ao legítimo sucessor, seu avô Numitor. Receberam permissão para fundarem uma cidade. Assim, Rômulo fundou a cidade de Roma, sobre as sete colinas. Surgiu uma disputa entre os dois irmãos para saber quem reinaria em Roma. Rômulo matou Remo, passando a reinar sobre a cidade, fundada em 753 a.C.
Depois de Rômulo, a cidade de Roma teve sete reis. Rômulo organizou o Senado, uma das principais instituições do governo em Roma, e dividiu a sociedade romana em dois grupos: os patrícios e os plebeus.
Historicamente as pesquisas indicam que o nascimento de Roma está ligado aos povos italiotas (sabinos e latinos) por volta do século VIII a.C. Mas foi só por volta do século VII a.C. que os etruscos consolidaram a fundação de Roma, ao se expandirem pela região do Lácio.

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Os Etruscos moldaram em bronze a lendaria liva romana, que se tornou um dos símbolos da cidade. As figuras de Rômulo e Remo foram acrescentadas muitos séculos depois, na época do Reascimento.






Organização social

A sociedade romana dividia-se em  quatro estratos sociais:  os patrícios, os clientes, os plebeus e os escravos.


  • Patrícios: aristocracia romana. Possuíam direitos políticos e as melhores terras.
  •  Clientes: buscavam proteção dos patrícios. Em troca, prestava todo tipo de serviço. Tinham direitos políticos e eram mais pobres que os patrícios.
  •  Plebeus: Maioria da população. Eram donos de pouca ou nenhuma terra. Eram livres, porém sem direitos políticos. Não participavam dos cultos religiosos e viviam ameaçados pela escravidão por dívida.
  •  Escravos: Não eram considerados cidadãos e não possuíam direitos. Eram escravos os prisioneiros de guerra e os devedores.





Periodização:

Monarquia (753 - 509 a.C) 

- Conhecido como o período da realeza, segundo a tradição sucederam sete reis, dede Rômulo em 753 a.C. , até Tarquínio, o soberbo, em 6509 a.C.
- Período envolto em lendas, mas ainda assim pode-se afirmar o importante papel dos etruscos, pois vários reis tinham  origem etrusca.
- O último rei de Roma - Tarquínio, o Soberbo ( 534 a 509 a. C) em razão de suas abitrariedades e de seu conflito com o Senado, ao queres reduzir a importância dessa instituição na vida política romana, acabou por ser expulso da cidade, sendo instituida, então, a República.

O Senado - Uma das mais antigas instituições de Roma. Na época monarquica o Senado representava a continuidade do poder soberano do Estado, pois era ele quem nomeava o rei, renunciando ao seu próprio poder, que se tornava mais consultivo que decisório.
Muitas vezes, o conflito entre o Senado e os demais detentores do poder (reis, cônsules, etc) - ou a busca de equilibrio entre eles - foi a tônica da história política de Roma
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República  (509 - 531 a.C.)

As instituições políticas romanas:

- Após a monarquia e com o intuito de evitar a cultura despótica criada durante a monarquia, o poder deveria ser de alguma maneira partilhado.
- O Senado, sai fortalecido e passa a ter um papel de destaque durante a república. 
- No lugar do rei foram eleitos dois cônsules, tinham os mesmos poderes dos reis mas permaneciam no cargo apenas um ano.  Um deles nada podia fazer sem o consentimento do outro. Em caso de perigo grave, os dois cônsules nomeavam um ditador, que governava no máximo por seis meses, investido de poderes absolutos.

Características do período republicano:

- Internamente, o período marcado por lutas entre patrícios (privilegiados) e plebeus (não privilegiados), guerras civis, disputas pelo poder e conflitos entre côsules e o Senado.
- No plano externo, merecem destaques a extensão do poder territorial de Roma sobre toda a peninsula Itálica e o confronto com Cartago (Guerras Púnicas, 264 - 146 a.C.) garantindo o controle sobre o meditrerraneo e territórios adjacentes. 

Luta entre patricios e plebeus:

Em 498 a. C ocorre um levante dos Plebeus e o Senado instaura a ditadura. Como resultado a plebe consegue a instituição dos Tribunos na Plebe como seus representantes junto ao senado.


Lei das doze tábuas: Em 450 a.C. os plebeus, representados por seu Tribuno da plebe, conseguiram a criação e aprovação dessa lei que é o primeiro conjunto de leis romanas escritas. Sua importância está relacionada ao fato de a escrita ser uma forma de evitar a manipulação e corrupção das leis a favor de alguém – o que normalmente acontecia pelos patrícios.
Lei Canuléia: por volta de 445 a.C. foi aprovada esta lei que permitia o casamento entre plebeus e patrícios, sendo que os filhos de tal união seguiriam a condição do pai; ou seja, se o pai fosse patrício, os filhos também o seriam, sendo uma possibilidade de conseguir passar de uma classe para outra.
Lei Licínia: aprovada em 367 a.C., essa lei possibilitava que os plebeus pudessem eleger magistrados entre os homens de sua classe, inclusive um dos cônsules deveria ser sempre plebeu.
Outras leis, ainda, foram aprovadas, como o fim da escravidão por dívida e a possibilidade de eleger sacerdotes para administrar a vida religiosa.


A conquista da Itália


Ao norte da Itália ficava a Gália; o povo que a habitava, os gauleses, tiveram muitos choques como os romanos. Em 390 a.C. Roma foi invadida pelos gauleses e, para abandoná-la , exigiram o pagameto de um grande resgate.
Após neutralizar os gauleses (que só seriam definitivamente derrotados  por Júlio César em 52 a.C.) Roma consilida seu pooder sobre a Itália Central, passando também a controlar o sul, fato que conduziu ao confronto com Cartago.

As Guerras Púnicas


As razões da guerra: O controle de Roma sobre o Sul da Itália e sua Chegada à Sicília provocam desavenças com Cartago, antiga colônia fenícia. A Sícilia era uma ponto estartégico no Mediterrâneo, encravada entre o sul da Itália e o norte da Africa; assim, seu controle era de vital importência militar e comercial, tanto para Roma como para Cartago.

"Os cartagineses eram chamados de poeni pelos romanos, derivando disto o nome de "púnicas"  dado a essas guerras que ser estenderam por um enorme período."

Primeira Guerra púnica (264 - 241 a.C.):  Ao longo de mais de duas décadas, romanos e cartagineses estveram em estado de guerra permanente. Na maior parte do seu tempo, a luta concentrou-se no território da Sicília. Ao final desse período Roma conseguiu estender seu domínio sobre sobre toda a Sicília, que se tormou a primeira província romana. Cartago foi obridada a pagar uma grande indenização de guerra a Roma.

Segunda guerra púnica (218 - 201 a.C.): Após a derrota para Roma, Cartago dirigiu suas atenções para o Mediterrâneo Ocidental, estabelecendo diversas colônias na costa da Espanha. Contudo, o desejo de desforra contra os romanos não desaparecera de todo. O general Aníbal, chefe das Forças Cartaginesas na Espanha, tinha um grande contingente de homens, armas e aniamis sob o seu comando. Assim acabou se tornando responsável por um dos grandes feitos militares da antiguidade: com seu exército, realizou uma longa jornada, atravessando os Pirineus, a Gália e os Alpes invadindo a Itália pelo norte e deflagrando a segunda guerra púnica.
Aníbal acreditava que muitas cidade italianas aproveitariam essa ocasião para se rebelar contra Roma; entretando, poucas o fizeram. Sem a adesão dessas cidades e  sem ois reforços que ele esperava de Cartago, os cartaginenses acabaram mais uma vez derrotados pelos romanos, que passam a dominar tanto o norte da Africa quanto a Espanha, que se torna provincia romana.

Terceira guerra púnica (149 -146 a.C.) - Mais de cinquenta anos após o fim da Segunda guerra púnica, Cartago volta a desfrutar de prosperidade econômica, entrando em choque com alguns interesses comerciais de Roma, além de defender-se de um ataque da Númidia ( sem o consentimento dos romanos). Esses foram os pretextos para uma nova guerra, ao fim da qual Cartago foi destruida.

 O fim da Republica

Júlio César, um dos grandes generais romanos, dá um golpe no Senado e intitula-se Ditador de Roma.
Esse período é conhecido como o dos grandes generais, que se tornam ditadores através de seu prestígio diante das campanhas de expansão do Império.


Otávio substitui Júlio César instituindo o Império, e se declarando IMPERADOR ROMANO. Nos dois primeiros séculos desse regime a cidadania foi concedida amplamente a quase todos os habitantes do Império, mas enquanto aumentava o número de cidadãos, diminuía a importância da Cidadania.

Império Romano ( 27 a.C. - 476 d.C):  Otávio Augusto organizou o Império, o Senado é uma instituição que continua existindo e vai haver uma redução do avanço das conquistas, pois o exército se torna muito oneroso e também vai haver uma redução do número de escravos.


No Império, há muitas tensões sociais já que os Plebeus voltavam das campanhas militares, na miséria, com o objetivo de controlar as tensões sociais, os governantes ofereciam divertimentos através da luta de gladiadores, alimentavam o povo com pão, política chamada de Pão e Circo.

PAX ROMANA: foi um período de paz em Roma  que foi organizada por Octavio Augusto e mantida durante dois séculos por seus sucessores.
O Regime político instituído  por Octavio Augusto levou, em pratica-a, a dar-lhe o poder para dirigí-lo tudo, ou ao menos, para o controlar tudo.  Era necessário um imperador para impor às fações, aos governadores de províncias, aos chefes de exército e aos homens de dinheiro. Apesar da paz, as revoltas internas continuavam sendo possíveis, embora a paz quase não foi alterada: produziram-se alguns movimentos nas províncias de população sedentária, mas foram raros e de amplitude limitada.
Muito rara vez eram guerras defensivas (provocadas por uma agressão). Muito mas frequentes eram as guerras que tinham como fim a conquista, embora estas apresentavam diferentes tipos.


 Crise no império Romano

Com a diminuição do número de escravos, a mão de obra passa a ser institucionalizada pelo Estado através do SISTEMA DE COLONATO - as pessoas passam a ficar LIGADOS A TERRA.

Com a economia enfraquecida e o aumento constante do Império, aumentava-se a cobrança de Impostos, seguida da pressão nas fronteiras por povos conhecidos como BÁRBAROS.

Para os Romanos bárbaro eram aqueles povos que vivam fora dos domínios do Império Romano e não tinham a mesma cultura, para os Romanos os Bárbaros eram povos inferiores.

Esses povos bárbaros passaram a pressionar as fronteiras do Império, primeiramente se inserindo ao exército romano, e depois invadindo as fronteiras e cidades romanas. Isso levou a população urbana migrar para as zonas rurais, processo chamado de RURALIZAÇÃO DA SOCIEDADE OU ÊXODO URBANO. As pessoas que migraram ofereciam seus serviços em troca da proteção dos grandes fazendeiros.

Vários foram os povos que entraram nos domínios romanos: Vikings, Hunos, etc, mas os que estabeleceram domínios foram os povos de origem germânica.

Com o Imperador Constantino ocorre a TOLERÂNCIA RELIGIOSA em relação aos cristãos, o chamado ÉDITO DE MILÃO.

Com o governo de Constantino também houve a fundação da capital oriental do Império Romano na antiga cidade de Bizâncio, rebatizada de Constantinopla, onde posteriormente floresceu a civilização Bizantina. 

O Imperador Teodósio, decretou o Cristianismo como religião oficial através do Édito de Tessalônica e após sua morte o Império foi dividido entre IMPÉRIO ROMANO DO OCIDENTE E DO ORIENTE, este durando até 1453, com a tomada de Constantinopla pelos Turcos Otomanos, atual capital da Turquia, a cidade de Istambul.


Já o Império Romano do ocidente termina com a entrada de povos estrangeiros em seu território.