quarta-feira, 24 de maio de 2017

Para Estudar!!! Antiguidade Oriental




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Antiguidade Oriental


 Para treinar (bônus para quem responder no caderno!!)

1)O historiador Heródoto afirmou: " O Egito é uma dádiva do Nilo". Qual é seu significado?

2) As civilizações antigas do Egito e da Mesopotâmia assemelham-se em muitos aspectos históricos; no entanto, não podemos negar suas peculiaridades. Uma delas diz respeito à importância dos rios que cortavam seus territórios.
a) Quais são, respectivamente, esses rios?
b) Em que esses rios eram importantes?

3)Qual a atividade associada aos fenícios e quais seus reflexos para a civilização na orla do mediterrâneo?

4) O que foi o cativeiro da Babilônia?

5) Qual o principal elemento de união do povo hebreu na Antiguidade? Qual a principal fonte histórica sobre este povo?

Bons Estudos!!!




segunda-feira, 15 de maio de 2017

Mesopotâmia - 1º A, B, C - Para Resumo - 23 e 24/05

A Civilização Mesopotâmica 


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        A segunda das mais antigas civilizações do mundo foi, provavelmente, a que começou no vale do Tigre e do Eufrates mais ou menos em 3.500 ou 3.000 a.C. Por conveniência, os historiadores se referem a essa civilização como "mesopotâmica", embora seja às vezes o termo Mesopotâmia restringido à parte norte da terra que fica entre os dois rios. A civilização mesopotâmica era completamente diferente da egípcia. Sua história política é assinalada por interrupções bruscas. Sua composição racial era menos homogênea e sua estrutura social e econômica oferecia campo mais largo à iniciativa individual. Talvez fossem mais profundas as diferenças entre os ideais, a religião e as atitudes sociais dos dois povos. 
      A cultura egípcia era predominantemente ética; a mesopotâmica, jurídica. O desprezo dos egípcios pela vida, excetuando-se o período do Médio Império, era geralmente uma atitude de alegre resignação, relativamente liberta de superstições grosseiras. A atitude mesopotâmica, ao contrário, era melancólica, pessimista e inquietada por terrores mórbidos. Enquanto o nativo do Egito acreditava na imortalidade da alma e dedicava grande parte de seus esforços à preparação da vida futura, seu contemporâneo mesopotâmio vivia no presente e olhava com indiferença seu destino no além-túmulo.
         Finalmente, a civilização do vale do Nilo compreendia conceitos de monoteísmo, uma religião de amor e igualdade social; a do TigreEufrates era mais egoísta e desdenhosa. Sua religião raramente ultrapassou o estágio dum politeísmo primitivo e seus ideais de justiça se limitavam em grande parte à observância literal dos termos de um contrato. 


6. O LEGADO MESOPOTÂMICO 

      Não obstante a qualidade relativamente inferior da civilização mesopotâmica, sua influência foi pouco menor que a do Egito. De uma ou de outra das quatro nações mesopotâmicas recebemos um considerável número de nossos elementos culturais mais comuns: o ano de doze meses, a semana de sete dias; o fato de os mostradores de nossos relógios conterem os números de um até doze, correspondentes à divisão caldaica do dia em doze horas duplas; a crença nos horóscopos; a superstição de fazer o plantio de acordo com as fases da lua; os doze signos do zodíaco; o círculo de 360 graus; e o processo aritmético da multiplicação. 
      A influência exercida por eles em várias nações da antiguidade foi ainda mais significativa. Os persas sofreram profundamente a influência da cultura caldaica. Os hititas, que ajudaram os cassitas na destruição dos babilônio mais ou menos em 1.750 a.C., adotaram as tabuletas de argila, a escrita cuneiforme, a epopéia de Gilgamesh e muito da religião da nação que conquistaram. A religião babilônica influenciou também os fenícios, como se evidencia da adoração de Astarte (Istar) e Tamuz. Dos sumerianos ou dos antigos babilônios, os cananeus herdaram grande parte de seu direito e também muitas de suas crenças religiosas. 
      Os principais herdeiros da cultura mesopotâmica foram, porém, os hebreus. Provavelmente já pelas alturas de 1.400 a.C., um de seus patriarcas, Abraão, viveu por algum tempo em Ur, cidade do baixo Eufrates. Numerosos traços mesopotâmicos foram também adquiridos indiretamente, através do contato com os cananeus e com os fenícios. Foi, possivelmente, desse modo que os hebreus se apoderaram das lendas da Criação e do Dilúvio e dum sistema de direito que tinham sua origem última na civilização mesopotâmica. Uma influência ainda maior foi exercida durante o período do Cativeiro, de 586 a 539 a.C. No espaço desses 47 anos os judeus viveram, pela primeira vez, em contato intimo com uma nação rica e poderosa. 
       A despeito do ódio aos opressores, adotaram inconscientemente muitos de seus costumes. Há provas, por exemplo, de que a predileção dos judeus pelo comércio foi adquirida por influência da cultura mercantil da Babilônia. Além disso, muita coisa do simbolismo, pessimismo, fatalismo e demonologia dos caldeus passou para a religião de Judá, corrompendo-a grandemente. As instituições e crenças mesopotâmicas exerceram também sua influência sobre os gregos e os romanos, embora de modo indireto. A filosofia estóica, com suas doutrinas do determinismo e do pessimismo, deve ter refletido esta influência em certa medida, pois seu criador Zenão era semita, provavelmente um fenício. Melhor exemplo duma origem mesopotâmica possivelmente será encontrado em práticas romanas tais como a adivinhação, a adoração de planetas como deuses e o uso do arco e da abóbada. Muitos desses elementos foram introduzidos entre os romanos pelos etruscos, povo de origem asiática ocidental. Outros foram trazidos pelos próprios romanos em conseqüência de suas campanhas militares na Ásia Menor. Comprova-se a existência, ao menos nos últimos séculos da história imperial, de nativos da região mesopotâmica residindo em Roma, pelo fato de usarem os romanos o nome de "caldeu" como sinônimo de "astrólogo" e de recorrerem a eles em numerosas ocasiões, como previsores do futuro. 


terça-feira, 25 de abril de 2017

Antiguidade - Egito (para resumo - 1º A. B C - 1ªsemana de maio)

A civilização egípcia




A Fase de cultura neolítica chegou ao seu fim, em algumas partes do mundo, pouco depois de 5.000 a.C. Parece ter desaparecido no vale do Nilo antes que em qualquer outro lugar, mas a área banhada pelos rios Tigre e Eufrates não ficou muito atrás. O declínio da cultura neolítica marcou o fim do que chamamos período pré-literário na história do homem. Foi substituido gradualmente por padrões mais complexos de cultura, baseados no conhecimento da escrita e comumente chamados civilizações. Mas a invenção da escrita não foi a única feição distintiva dessa nova ordem. Os instrumentos de pedra foram quase inteiramente suplantados por utensílios de bronze e outros metais. Além disso, calendários foram inventados; a religião, o estado e outras instituições desenvolveram-se em mais alto grau; a arte tornou-se mais refinada e houve avanços consideráveis na ciência e, por fim, no comércio e na indústria. Os progressos em tal terreno parecem ter sido muito rápidos no Egito; não somente isso, senão que também as realizações dos egípcios lançaram os alicerces de grande parte do trabalho de outros povos. É conveniente, portanto, que comecemos o nosso estudo das culturas históricas pelo aparecimento da civilização nas margens do Nilo.


O período pré-dinástico

Uma vez que não houve, até mais ou menos 3.200 a.C., um estado unificado duradouro no vale do Nilo, os séculos que vão de 4.000 a 3.200 são conhecidos como período pré-dinástico. Na parte inicial do período vamos encontrar a região dividida em certo número de cidades-estados ou "nomos", cada um deles independente, embora, é claro, cooperando com os demais quanto aos fins econômicos. Logo após o começo do quarto milênio deu-se uma fusão de estados que levou à formação de dois grandes reinos um ao norte e outro ao sul. Ninguém sabe como ocorreram essas consolidações, mas é possível que se tenham efetuado por acordo voluntário ou aquiescência pacífica ao governo de um soberano capaz. São escassos os indícios de conquista militar. Esses reinos duraram até o fim do período, se bem que pareçam ter estado unidos por breve espaço de tempo, logo depois da sua fundação.

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A compleição racial do Egito pré-dinástico era essencialmente a mesma que se observa em épocas posteriores. Os habitantes pertenciam ao ramo mediterrâneo da raça caucásica. Eram baixos, de tez escura, cabeça alongada, cabelos lisos e pretos, olhos fundos e nariz levemente aquilino. Alguns mostravam traços de cruzamentos negróides e líbios e, possivelmente, de sangue semita ou de outros povos da Ásia Ocidental. 
O período pré-dinástico não foi de nenhum modo insignificante na história cultural do Egito. Houve notáveis progressos nas artes e ofícios, e até mesmo em algumas ciências. Instrumentos, armas e ornamentos eram habilmente confeccionados de pedra, cobre e ouro. Descobriram-se novos processos de acabamento, vidragem e decoração dos artefatos de cerâmica, o que habilitou os egípcios desse período a fazer vasilhas de utilidade e excelência artística não inferior às de quaisquer outras produzidas pelos seus descendentes de época mais adiantada. Outras realizações importantes foram o desenvolvimento de um sistema eficiente de irrigação, o saneamento de terras pantanosas e a confecção de tecidos de linho de qualidade verdadeiramente superior. Mas isso não é tudo. Há testemunhos de que os egípcios do período pré-dinástico desenvolveram um sistema de leis baseado nos costumes, sistema esse cercado de tamanho prestígio que mais tarde se impôs ao próprio faraó. Parece ter também entrado em uso um sistema de escrita. Apesar de nunca se ter encontrado um exemplar de tal escrita, os espécimes que possuímos da Primeira Dinastia são de natureza tão complexa que devem ter-se originado muito tempo antes. Os egípcios desse período inventaram, ainda. o primeiro calendário solar da história do homem. Parece ter-se baseado no reaparecimento anual da estrela Sírius e dividia o ano em doze meses de trinta dias cada um, com cinco dias de festa adicionados ao fim de cada ano. De acordo com o cômputo dos egiptólogos modernos, esse calendário foi posto em vigor por volta de 4.200 a.C. A existência de um calendário exato nessa época prova que a matemática, e possivelmente as demais ciências, já haviam alcançado um grau considerável de desenvolvimento. 


Estrutura política


O primeiro faraó do Egito unificado foi Menés, fase conhecida como "Antigo Império", no qual foram construídas grandes pirâmides - Quéops, Quéfren e Miquerinos.
A fase posterior conhecida como "Médio Império" foi um período marcado pela expansão territorial - os egípcios conquistaram Núbia.

Apesar do grande desenvolvimento, o reino sofria com revoltas internas e guerras, o que acabou por enfraquecê-lo, facilitando a invasão dos hicsos, povo asiático, que governou o Egito por aproximadamente 150 anos (a vitória desse povo aconteceu pelo uso de cavalos e carros de combate, até então desconhecido pelos egípcios).

A última fase política do Egito iniciou após a expulsão dos hicsos é conhecida como "Novo Império". Período marcado por uma política expansionista com a conquista da Síria, Fenícia e Palestina e reconquista da Núbia. Neste momento o governo cobra pesados tributos dos povos conquistados.
A cobrança desses impostos mais o controle de importantes rotas comerciais enriqueceram o faraó, os chefes militares e os sacerdotes.
O restante da população, empobrecida obrigada a servir a infantaria somada às ondas de sublevações dos povos conquistados debilitaram o reino permitindo a invasão do território primeiro pelos núbios, depois pelos assírios e persas. Foi a perda definitiva da autonomia política.
Em 332 a.C. o território foi invadido pelas tropas de Alexandre Magno e incorporado ao Império Macedônico.
Após a morte de Alexandre, o Egito passou a ser governado por Ptolomeu Lago, general de Alexandre dando início a dinastia lágida, que governou por quase trezentos anos. A rainha Cleópatra foi a última governante dessa dinastia antes do domínio romano, em 31 a.C..



A religião egípcia

Os egípcios eram politeístas (acreditavam em vários deuses). De acordo com este povo, os deuses possuíam poderes específicos e atuavam na vida das pessoas. 
Os deuses do antigo Egito, foram Faraós que reinaram no período pré dinástico. Assim, os mitos foram inspirados em histórias que aconteceram de verdade, milhares de anos antes. Para a cultura do antigo Egito o casamento consangüíneo tinha o sentido de complementaridade, unir céu e terra, seco e úmido, por essa razão diversos deuses eram irmãos que se casavam entre si.
Osiris foi o primeiro Faraó e, que com o passar do tempo foi divinizado. Seu reinado em vida marcou uma época de prosperidade e ao morrer passou a ser o soberano do reino dos mortos.
Os egípcios representavam os deuses com o corpo formado por parte humana e parte de animal sagrado. Anúbis, por exemplo, deus da morte, era representado com cabeça de chacal num corpo de ser humano. Faziam rituais e oferendas aos deuses imaginavam que assim os agradavam e conseguiriam ajuda em suas vidas.
No Egito Antigo existiam diversos templos, que eram construídos em homenagem aos deuses. Cada cidade possuía um deus protetor.
Outra característica importante da religião egípcia era a crença na vida após a morte. De acordo com esta crença, o morto era julgado no Tribunal de Osíris. O coração era pesado e, de acordo com o que havia feito em vida, receberia um julgamento. Para os bons havia uma espécie de paraíso, para os negativos, Ammut devoraria o coração.


Deuses Egípcios

Sol (principal deus da religião egípcia)

Ptah      
obras feitas em pedra
Toth             
sabedoria, conhecimento, representante da Lua

Seth      
tempestade, mal, desordem e violência
Anúbis
os mortos e o submundo

Sobek   
paciência, astúcia
Bastet
fertilidade, protetora das mulheres grávidas

Osíris    
vida após a morte, vegetação
Hathor             
amor, alegria, dança, vinho, festas

Ísis        
amor, magia
Hórus
céu

Tefnut  
nuvem e umidade
Khnum
criatividade, controlador das águas do rio Nilo

Chu
ar seco, luz do sol
Maet             
justiça e equilíbrio

Geb       
terra



Realizações intelectuais dos egípcios

I. Ciência

No campo das ciências os egípcios desenvolveram principalmente a aritmética, a astronomia e a medicina. A ciência procurava resolver problemas práticos, como controle das inundações, construção do sistema hidráulico, preparação da terra, combate as doenças etc. Preocupados com os fenômenos da natureza, os egípcios ao desenvolver a astronomia, criaram um calendário baseado no movimento do sol. Por esse calendário, o ano era dividido em 12 meses de 30 dias e mais 5 dias de festas, que eram adicionados no final para completar os 365 dias anuais.
Os egípcios pouco fizeram em outros campos científicos. Apesar de serem realizado façanhas de engenharia que rivalizam com a perícia da mecânica moderna, seus conhecimentos de física eram os mais rudimentares possíveis. Conheciam o princípio do plano inclinado, mas ignoravam a roldana e, provavelmente, também, o rolo. Embora fosse pequeno o seu conhecimento de química, ao menos deram o nome a essa ciência. Deve também ser consignado, em seu favor, um considerável progresso na metalurgia, a invenção do relógio de sol e do de água, o fabrico do papel e do vidro. Com todas as suas deficiências como cientistas puros, igualaram realmente os romanos nas realizações práticas e foram muito além dos hebreus e dos persas. 

II. Escrita e Literatura

Os egípcios desenvolveram sua primeira forma de escrita no período pré-dinástico. Esse sistema, conhecido como hieroglífico (termo derivado do grego, significando gravura sagrada), foi inicialmente composto de sinais pictográficos para designar objetos concretos. Gradualmente alguns desses sinais tomaram um sentido convencional e foram usados para representar conceitos abstratos. Outros caracteres foram introduzidos para designar sílabas separadas, que podiam ser combinadas para formar palavras. Finalmente foram adicionados, logo no início do Antigo Império, vinte e quatro símbolos, representando cada um deles um único fonema consonantal da voz humana. Assim o sistema hieroglífico de escrita, em época bem remota, veio a incluir três tipos separados de caracteres: pictográficos, silábicos e alfabéticos.

A literatura egípcia era em grande parte filosófica e religiosa. O primeiro tipo já foi discutido. Sem dúvida, os melhores representantes do segundo foram o Drama Menfítico, o Hino ao Rei-Sol, de Ikhnáton, e os hinos de devoção pessoal que sobreviveram do período do Novo Império. O Drama Menfítico, escrito por volta de 3.000 a.C., é um diálogo teológico no qual vários deuses discorrem sobre as doutrinas da religião solar. O objeto desse trabalho, aparentemente, era promover a adoração nacional do rei-sol Re. Seu tema predominante é a idéia que Re é o árbitro do destino humano, o autor do bem e o doador de vida ao "pacífico" e de morte "ao culpado". O Hino de Ikhnáton, composto pelo grande faraó reformador do século XIV a.C., é uma ode magnífica em louvor da majestade, da providência e da justiça de Áton, o "único deus perante o qual nenhum outro existe". Constitui a suprema expressão do conceito egípcio do monoteísmo universal.  


Vida social e econômica

Durante a maior parte da história do Egito a população esteve dividida em cinco classes: a família real; os sacerdotes; os nobres; a classe média dos escribas, mercadores, artífices e lavradores; e, por último, a classe dos servos. No Novo Império foi adicionada uma sexta classe - a dos soldados profissionais, que se situavam imediatamente abaixo dos nobres. Nesse período foram também capturados milhares de escravos, e estes, durante certo tempo, formaram uma sétima classe. Desprezados tanto pelos homens livres como pelos servos, eram forçados a trabalhar nas pedreiras do governo e nas terras pertencentes aos templos. Aos poucos, no entanto, foram sendo alistados no exército e até no serviço pessoal do faraó. Desse modo, deixaram de constituir uma classe separada. A posição relativa das várias classes da sociedade mudava de tempos em tempos. No Antigo Império, os nobres e os sacerdotes tinham a supremacia entre todos os súditos do faraó. No Médio Império, foi a vez da classe comum. Escribas, mercadores, artífices e servos rebelaram-se contra os nobres e arrebataram concessões do governo. É especialmente digno de nota o papel preponderante que mercadores e indústrias desempenharam nesse período. A fundação do império propriamente dito, acompanhada, como foi, pela extensão das funções administrativas, deu origem à ascendência de uma nova nobiliarquia, formada principalmente por burocratas. O poder dos sacerdotes também cresceu com o desenvolvimento da magia e da superstição. 




 As realizações egípcias e sua importância para nós

Poucas civilizações antigas soprepujam a egípcia em importância para o mundo moderno. Mesmo a influência dos hebreus não teve maior extensão. Da terra dos faraós vieram o germe e o estímulo de numerosas conquistas intelectuais dos tempos posteriores. A filosofia, a aritmética, a geometria, a astronomia, a escrita e a literatura tiveram seu marco inicial nessa época. Os egípcios desenvolveram, também, um dos mais antigos sistemas de jurisprudência e de teoria política. Aperfeiçoaram as conquistas práticas da irrigação e da engenharia, o fabrico de cerâmica, vidro e papel. Foram o primeiro povo a ter uma clara concepção da arte com fins outros que não os utilitários, e estabeleceram princípios arquitetônicos destinados a largo uso no futuro. Entre eles são notáveis a coluna, a colunata, o obelisco e o clerestório. De maior significação ainda foram as contribuições egípcias no campo da religião e da ética individual e social. Com exceção dos persas, os habitantes das margens do Nilo foram o único povo do mundo antigo a erigir uma religião nacional em torno da doutrina da imortalidade da alma. Tanto os sacerdotes como os sábios egípcios foram os primeiros a pregar o monoteísmo universal, a providência divina, o perdão dos pecados e as recompensas e punições depois da morte. A teoria ética egípcia foi a fonte na qual várias nações foram buscar suas normas de moralidade pessoal e social, pois ela compreendia não somente a condenação do assassínio, do furto e do adultério, mas incluía, também, elevadas concepções de justiça, de benevolência e da igualdade de todos os homens. Tão impressionante é o vulto das realizações egípcias que alguns historiadores, ardentes admiradores dessa cultura, chegaram à conclusão de que as civilizações posteriores se distinguiram principalmente pela sua falta de originalidade. De acordo com esse ponto de vista, os seres humanos nos últimos 3.000 anos pouco mais fizeram do que copiar e adaptar conhecimentos e descobertas herdadas do Egito. Pretende-se ter sido o vale do Nilo o nascedouro de cada instituição e crença Que veio ocupar posição de importância fundamental na cultura das épocas mais recentes. Vêem-se ali a fonte das doutrinas básicas de todas as grandes religiões do mundo, os princípios do direito e da moralidade, os fundamentos do progresso científico (as formas de organização econômica. Presenteados com uma herança tão rica, todos os povos subseqüentes seguiram o caminho do menor esforço e se contentaram em aplicar o que lhes foi transmitido pelo passado. Em última análise, tudo é explicado como sendo de origem egípcia. Embora seja essa interpretação claramente exagerada, pode prestar serviço prevenindo-nos contra uma possível subestima das contribuições duradouras da civilização egípcia. 

sexta-feira, 17 de fevereiro de 2017

Grupo de Rap indígena mistura português e guarani para falar do seu cotidiano


"Para criar um grupo de rap, quatro indígenas cayowaá-guarani tiveram que ignorar objeções de dois lados: de um, um público estranho à ideia do ritmo ser apropriado pela etnia; de outro, no interior de seu próprio povoado, com caciques questionando a empreitada. Os contratempos foram desfeitos, e os Brô MC's ganharam repercussão cantando sobre o cotidiano das aldeias Jaguapirú e Bororó, localizadas na cidade de Dourados, oeste do Mato Grosso do Sul. Citam, nas letras, a luta pela terra, a questão da identidade indígena, problemas como o consumo de drogas e álcool e os altos índices de suicídio das aldeias."




Aula 2 - Formação sociocultural do povo brasileiro

História dos povos indígenas e a formação sócio-cultural brasileira



Historiadores afirmam que antes da chegada dos europeus à América havia aproximadamente 100 milhões de índios no continente. Só em território brasileiro, esse número chegava 5 milhões de nativos, aproximadamente. Estes índios brasileiros estavam divididos em tribos, de acordo com o tronco linguístico ao qual pertenciam: tupi-guaranis ( região do litoral ), macro-jê ou tapuias ( região do Planalto Central ), aruaques ( Amazônia ) e caraíbas ( Amazônia ).
Atualmente, calcula-se que apenas 400 mil índios ocupam o território brasileiro, principalmente em reservas indígenas demarcadas e protegidas pelo governo. São cerca de 200 etnias indígenas e 170 línguas. Porém, muitas delas não vivem mais como antes da chegada dos portugueses. O contato com o homem branco fez com que muitas tribos perdessem sua identidade cultural.
A sociedade indígena na época da chegada dos portugueses.
O primeiro contato entre índios e portugueses em 1500 foi de muita estranheza para ambas as partes. As duas culturas eram muito diferentes e pertenciam a mundos completamente distintos. Sabemos muito sobre os índios que viviam naquela época, graças a Carta de Pero Vaz de Caminha ( escrivão da expedição de Pedro Álvares Cabral ) e também aos documentos deixados pelos padres jesuítas.
Os indígenas que habitavam o Brasil em 1500 viviam da caça, da pesca e da agricultura de milho, amendoim, feijão, abóbora, bata-doce e principalmente mandioca. Esta agricultura era praticada de forma bem rudimentar, pois utilizavam a técnica da coivara ( derrubada de mata e queimada para limpar o solo para o plantio).
Os índios domesticavam animais de pequeno porte como, por exemplo, porco do mato e capivara. Não conheciam o cavalo, o boi e a galinha. Na Carta de Caminha é relatado que os índios se espantaram ao entrar em contato pela primeira vez com uma galinha.
As tribos indígenas possuíam uma relação baseada em regras sociais, políticas e religiosas. O contato entre as tribos acontecia em momentos de guerras, casamentos, cerimônias de enterro e também no momento de estabelecer alianças contra um inimigo comum.
Os índios faziam objetos utilizando as matérias-primas da natureza. Vale lembrar que índio respeita muito o meio ambiente, retirando dele somente o necessário para a sua sobrevivência. Desta madeira, construíam canoas, arcos e flechas e suas habitações (ocas ). A palha era utilizada para fazer cestos, esteiras, redes e outros objetos. A cerâmica também era muito utilizada para fazer potes, panelas e utensílios domésticos em geral. Penas e peles de animais serviam para fazer roupas ou enfeites para as cerimônias das tribos. O urucum era muito usado para fazer pinturas no corpo.

A organização social dos índios

Entre os indígenas não há classes sociais como a do homem branco. Todos têm os mesmo direitos e recebem o mesmo tratamento. A terra, por exemplo, pertence a todos e quando um índio caça, costuma dividir com os habitantes de sua tribo. Apenas os instrumentos de trabalho ( machado, arcos, flechas, arpões ) são de propriedade individual. O trabalho na tribo é realizado por todos, porém possui uma divisão por sexo e idade. As mulheres são responsáveis pela comida, crianças, colheita e plantio. Já os homens da tribo ficam encarregados do trabalho mais pesado: caça, pesca, guerra e derrubada das árvores.
Duas figuras importantes na organização das tribos são o pajé e o cacique. O pajé é o sacerdote da tribo, pois conhece todos os rituais e recebe as mensagens dos deuses. Ele também é o curandeiro, pois conhece todos os chás e ervas para curar doenças. Ele que faz o ritual da pajelança, onde evoca os deuses da floresta e dos ancestrais para ajudar na cura. O cacique, também importante na vida tribal, faz o papel de chefe, pois organiza e orienta os índios.
A educação indígena é bem interessante. Os pequenos índios, conhecidos como curumins, aprender desde pequenos e de forma prática. Costumam observar o que os adultos fazem e vão treinando desde cedo. Quando o pai vai caçar, costuma levar o indiozinho junto para que este aprender. Portanto a educação indígena é bem pratica e vinculada a realidade da vida da tribo. Quando atinge os 13 os 14 anos, o jovem passa por um teste e uma cerimônia para ingressar na vida adulta.
Os contatos entre indígenas e portugueses
Como dissemos, os primeiros contatos foram de estranheza e de certa admiração e respeito. Caminha relata a troca de sinais, presentes e informações. Quando os portugueses começam a explorar o pau-brasil das matas, começam a escravizar muitos indígenas ou a utilizar o escambo. Davam espelhos, apitos, colares e chocalhos para os indígenas em troca de seu trabalho.
O canto que se segue foi muito prejudicial aos povos indígenas. Interessados nas terras, os portugueses usaram a violência contra os índios. Para tomar as terras, chegavam a matar os nativos ou até mesmo transmitir doenças a eles para dizimar tribos e tomar as terras. Esse comportamento violento seguiu-se por séculos, resultando no pequenos número de índios que temos hoje.
A visão que o europeu tinha a respeito dos índios era eurocêntrica. Os portugueses achavam-se superiores aos indígenas e, portanto, deveriam dominá-los e colocá-los ao seu serviço. A cultura indígena era considera pelo europeu como sendo inferior e grosseira. Dentro desta visão, acreditavam que sua função era convertê-los ao cristianismo e fazer os índios seguirem a cultura européia. Foi assim, que aos poucos, os índios foram perdendo sua cultura e também sua identidade.


Religião Indígena

Cada nação indígena possuía crenças e rituais religiosos diferenciados. Porém, todas as tribos acreditavam nas forças da natureza e nos espíritos dos antepassados. Para estes deuses e espíritos, faziam rituais, cerimônias e festas. O pajé era o responsável por transmitir estes conhecimentos aos habitantes da tribo. Algumas tribos chegavam a enterrar o corpo dos índios em grandes vasos de cerâmica, onde além do cadáver ficavam os objetos pessoais. Isto mostra que estas tribos acreditavam numa vida após a morte.

Índios do Brasil

As tribos que tinham como base de sua sobrevivência a agricultura, se concentravam em sua maior parte em território brasileiro, já que com clima tropical e auxílio da floresta tropical, era abundante os recursos naturais encontrados.
A formação social era bastante simples, as aldeias não tinham grandes concentrações populacionais e as atividades eram exercidas de forma coletiva. O índio que caçasse ou pescasse mais, dividiria seu alimento com os demais.
A coletividade era uma característica marcante entre os índios. Suas cabanas eram divididas entre vários casais e seus filhos, não haviam classes sociais, mesmo o chefe da tribo dividiria sua cabana.
As técnicas utilizadas eram simples porque correspondiam a uma produção pequena, voltada para a agricultura de subsistência, já que o comércio entre aldeias não acontecia como nas civilizações mais avançadas como Astecas e Incas. Para plantar mandioca, por exemplo, cavavam o chão com algum objeto pontiagudo feito de madeira e enfiavam a rama. Depois de algum tempo arrancavam a mandioca e a transformavam em farinha, por um processo também muito simples. O mesmo se pode dizer da preparação do peixe e da caça, que eram moqueados numa grelha, isto é, levemente assados em fogo brando.
Além do cultivo da mandioca, os índios também se dedicavam ao cultivo do milho, batata-doce e abóbora. O preparo da roça para plantio se consistia no corte do mato ao redor da aldeia e atear fogo ao vegetal seco para limpar o terreno, processo que é utilizado ainda hoje.
Quase todas as atividades eram feitas próximo as aldeias, pois era necessário que tudo que precisassem não estivesse longe. A caça ou a pesca eram feitas nas matas e nos rios próximos, já que as aldeias se localizavam em regiões ribeirinhas. As roças, também próximas as aldeias, eram cultivadas na maioria das vezes pelas mulheres. Os homens quase sempre cuidavam da caça e das guerras.
Havia uma relação muito equilibrada entre o homem e a natureza. O único extrativismo existente era exclusivamente para a sobrevivência das aldeias, sendo assim, não haviam desperdícios e a natureza se regenerava sem problemas, mantendo o ciclo ecológico em perfeita harmonia.

Fonte: http://www.juraemprosaeverso.com.br/HistoriaDoBrasil/IndiosdoBrasilETC.htm

Assista:



segunda-feira, 13 de fevereiro de 2017

Fontes Históricas - Para entender melhor


Sinopse: Somente uma ameaça à própria existência pode mudar a rotina dos habitantes do pequeno vilarejo de Javé. É aí que eles se deparam com o anúncio de que a cidade pode desaparecer sob as águas de uma enorme usina hidrelétrica. Em resposta à notícia devastadora, a comunidade adota uma ousada estratégia: decide preparar um documento contando todos os grandes acontecimentos heróicos de sua história, para que Javé possa escapar da destruição. Como a maioria dos moradores são analfabetos, a primeira tarefa é encontrar alguém que possa escrever as histórias.

Aula 1 - Fontes Históricas

Quando começamos a estudar história, logo nos perguntamos: “como é que posso saber se o que aconteceu no passado foi real?” Ou ainda: “Que tipo de prova o historiador oferece aos seus leitores, de modo a confirmar a veracidade daquilo que ele está expondo? Pois então, as respostas para essas perguntas necessitam de um esclarecimento sobre aquilo que se denomina fontes históricas”.
Para que se entenda bem o que são as fontes históricas, é necessário que se saiba que a palavra “fonte” aqui é entendida no sentido de “documento”, ou seja, algo em que está registrado o testemunho de algum evento que ocorreu no passado. Nesse sentido, as fontes ou documentos históricos constituem tudo o que ser humano produziu desde os seu primórdios. Tais fontes podem ser desde artefatos arqueológicos até dispositivos eletrônicos feitos no século XX, como os primeiros computadores ou microchips.
Há, é claro, uma diferença de complexidade entre as fontes. Por exemplo: as túnicas que os romanos usavam na época do império são fontes históricas menos complexas que o poema “Eneida”, de Virgílio, que narra toda a história da civilização romana. Entretanto, a história do vestuário, bem como a história literária, são igualmente importantes para se compreender bem um dado período histórico, haja vista que cada uma delas se debruça sobre um objeto específico.
Os pedaços de cerâmicas, as pedras lascadas e polidas, as urnas funerárias com ossos humanos, as pinturas rupestres e toda a gama de achados arqueológicos são também fontes históricas, pois dizem respeito aos ancestrais do homem contemporâneo. O que diferencia os registros do homem pré-histórico dos registros dos outros animais é a produção de sistemas simbólicos. Nenhum outro animal, além do homem, desenvolveu artefatos como machadinhas feitas de ossos ou de pedra, tampouco desenhou nas paredes das cavernas cenas com forte carga simbólica.

Há, inclusive, estudos especiais sobre determinados tipos de fontes históricas, como a numismática. O estudo denominado numismática tem por objetivo a análise, sob o ponto de vista histórico, das moedas. “Numisma”, em grego, significa “moeda”. Por meio dos vários tipos de moedas que já foram cunhadas ao longo da história, desde a primeira delas, feita pelo rei persa Dario I (chamada dárico), até as atuais, as moedas testemunham situações políticas, econômicas e culturais. 

Outro exemplo de fontes históricas bem instigantes são os monumentos, que são, também, marcos de memória. Vejamos um exemplo: as pirâmides do Egito, localizadas no Vale de Gizé, próximo à atual cidade de Cairo. Elas testemunham o vigor civilizacional da época dos faraós, que as construíram para que funcionassem como mausoléus para guardar os corpos e a riqueza. Contudo, dada a sua perenidade, as pirâmides também compuseram o cenário de muitos outros acontecimentos históricos relevantes, como a batalha que as tropas de Napoleão Bonaparte travou contra os mamelucos no Egito. As Pirâmides, milênios após sua construção, estavam lá, como marcos de memória de muitas glórias passadas.

 Nesse sentido, as fontes históricas são variadas e muito amplas. Cada tipo de fonte exige do historiador uma habilidade e uma especialidade diferentes. Ao historiador compete interpretar bem tais fontes e extrair delas aquilo que sustentará a sua argumentação. A diferença da “prova”, em história, para a “prova”, no âmbito de outras ciências, diz respeito ao modo como o historiador maneja as fontes na narrativa que ele constrói.

Para entender melhor:
 O filme os Narradores de Javé Somente uma ameaça à própria existência pode mudar a rotina dos habitantes do pequeno vilarejo de Javé. É aí que eles se deparam com o anúncio de que a cidade pode desaparecer sob as águas de uma enorme usina hidrelétrica. Em resposta à notícia devastadora, a comunidade adota uma ousada estratégia: decide preparar um documento contando todos os grandes acontecimentos heróicos de sua história, para que Javé possa escapar da destruição. Como a maioria dos moradores são analfabetos, a primeira tarefa é encontrar alguém que possa escrever as histórias.



Somente uma ameaça à própria existência pode mudar a rotina dos habitantes do pequeno vilarejo de Javé. É aí que eles se deparam com o anúncio de que a cidade pode desaparecer sob as águas de uma enorme usina hidrelétrica. Em resposta à notícia devastadora, a comunidade adota uma ousada estratégia: decide preparar um documento contando todos os grandes acontecimentos heróicos de sua história, para que Javé possa escapar da destruição. Como a maioria dos moradores são analfabetos, a primeira tarefa é encontrar alguém que possa escrever as histórias.









Fonte:http://escolakids.uol.com.br/as-fontes-historicas.html
Por Me. Cláudio Fernandes. 
http://escolakids.uol.com.br/as-fontes-historicas.htm